Barack Obama anuncia "medidas duras" para reduzir o défice
O presidente norte-americano acredita que os republicanos vão concordar com um aumento de impostos. Uma das medidas previstas para reduzir o pesado défice orçamental do país em um bilião de dólares.
"Qualquer acordo para reduzir o nosso défice exige decisões duras e soluções equilibradas", afirmou Barack Obama durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, citado pela Bloomberg.
Obama sublinhou que os democratas estão dispostos a aceitar "cortes dolorosos" e apelou aos republicanos que aceitem aumentos de impostos.
"Chamem-me ingénuo. Mas a minha expectativa é que vai existir acordo", disse o presidente norte-americano. No entanto, um acordo com os republicanos pode não ser assim tão fácil. O líder republicano no Senado, Mitch McConnel, já afirmou que não aceita aumentos adicionais das receitas públicas.
Obama anunciou, esta tarde, que pretende aumentar os impostos sobre os "milionários, multimilionários, companhias petrolíferas, e donos de jactos empresariais". Não o fazer, à custa de cortes na saúde, educação e na segurança alimentar, seria extremamente impopular para os republicanos, acrescentou.
O presidente dos Estados Unidos mostrou-se disponível para negociar com os dois partidos, durante o tempo que for necessário, até alcançar um acordo sobre o défice orçamental e a dívida pública.
Recorde-se que o país necessita, urgentemente, de chegar a acordo sobre o tecto da dívida pública. As negociações entre republicanos e democratas chegaram a um impasse no início desta semana e fizeram aumentar os receios de um "default" técnico de algumas obrigações norte-americanas.
Caso o Congresso dos Estados Unidos não alcance um acordo para aumentar o tecto da dívida até 2 de Julho, o país poderá não ter forma de pagar as Obrigações do Tesouro que atingem a maturidade a 4 de Junho, avisou o secretário do Tesouro.
A Standard & Poor’s alertou que poderá cortar o "rating" destas obrigações para "D", caso o governo não consiga pagá-las. As restantes obrigações também serão afectadas mas com cortes menos expressivos, avisou John Chambers à Reuters.
A 4 de Agosto atingem a maturidade 30 mil milhões de dólares de dívida de curto prazo.
Fonte: Jornal de Negócios
