O lixo que inunda a cidade de Nápoles vai ser transferido para outras regiões italianas, ao abrigo de um decreto-lei aprovado esta quinta-feira, mas já contestado pela Liga do Norte, partido nacionalista que integra a coligação governamental.
O diploma, que revoga a normativa em vigor que impede a "exportação" do lixo para fora de Nápoles, foi aprovado em Conselho de Ministros pelos representantes do partido Povo da Liberdade, do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, e rejeitado pelos membros da Liga do Norte.
Umberto Bossi, líder da Liga do Norte, já avisou, citado pela agência noticiosa espanhola EFE, que "as regiões do Norte não estão dispostas" a receber o lixo proveniente da Campânia, região do Sul de Itália cuja capital é Nápoles.
Por sua vez, o presidente da Conferência das Regiões, Vasco Errani, advertiu que o novo decreto "não resolve o problema de fundo" e insistiu na necessidade de serem abertos novos aterros na Campânia, pelo que exigiu "poderes especiais" para os presidentes dos municípios envolvidos.
Há dois dias, a Comissão Europeia anunciou a abertura de um procedimento de infração contra o governo italiano, que poderá acabar com uma sanção económica do Tribunal Europeu de Justiça, pela gestão do tratamento do lixo.
O negócio da recolha e do tratamento do lixo na Campânia é controlado pela Camorra, a máfia napolitana. Os aterros estão cheios, faltam incineradoras e estruturas para o tratamento de resíduos, que, muitas vezes, são depositados e queimados a céu aberto, contaminando solos, água e ar.
In:JN
O diploma, que revoga a normativa em vigor que impede a "exportação" do lixo para fora de Nápoles, foi aprovado em Conselho de Ministros pelos representantes do partido Povo da Liberdade, do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, e rejeitado pelos membros da Liga do Norte.
Umberto Bossi, líder da Liga do Norte, já avisou, citado pela agência noticiosa espanhola EFE, que "as regiões do Norte não estão dispostas" a receber o lixo proveniente da Campânia, região do Sul de Itália cuja capital é Nápoles.
Por sua vez, o presidente da Conferência das Regiões, Vasco Errani, advertiu que o novo decreto "não resolve o problema de fundo" e insistiu na necessidade de serem abertos novos aterros na Campânia, pelo que exigiu "poderes especiais" para os presidentes dos municípios envolvidos.
Há dois dias, a Comissão Europeia anunciou a abertura de um procedimento de infração contra o governo italiano, que poderá acabar com uma sanção económica do Tribunal Europeu de Justiça, pela gestão do tratamento do lixo.
O negócio da recolha e do tratamento do lixo na Campânia é controlado pela Camorra, a máfia napolitana. Os aterros estão cheios, faltam incineradoras e estruturas para o tratamento de resíduos, que, muitas vezes, são depositados e queimados a céu aberto, contaminando solos, água e ar.
In:JN