Quando hoje, sexta-feira, às 18 horas, a porta dos CTT da Rua do Campo Lindo, em Paranhos, no Porto, fechar para sempre, depois de 50 anos ali, Joaquim Guizande sabe que vai passar a tremer pelo menos uma vez por mês: no dia de levantar a reforma.
"O problema não é ter de andar mais um ou dois quilómetros e ir a outra loja CTT - o que até é um problema num idoso, mas adiante. O problema é ter de voltar a casa com a reforma no bolso e ser assaltado", queixa-se Joaquim Guizande, cobrador reformado dos STCP, 73 anos, que agora está na rua a protestar, e vivamente, contra o fim anunciado daquela estação dos Correios.
O fecho da loja integra um programa de redução nacional de 15% nas despesas da empresa pública CTT, que no Grande Porto abarca a extinção de nove lojas (os trabalhadores mantêm os empregos, mas são recolocados noutras lojas). A medida está a levantar protestos, sobretudo dos utentes mais idosos.
Ontem, quinta-feira, das 17 às 18 horas, 100 pessoas indignadas, 90% reformadas, cortou a Rua do Campo Lindo numa acção pacífica de protesto. Houve palavras de ordem, entusiasmo e cartazes e cantou-se esforçadamente em coro "O correio é do povo!".
José Mourato, 82 anos, organizador da manifestação, explica: "O posto serve 4 mil utentes/mês, mais de 300/dia, até tem filas. Toda a gente aqui levanta a reforma do mês. Se fechar vai desproteger-nos e atirar-nos para outro lado". As alternativas mais próximas, explica Mourato, estão a dois quilómetros dali, Marquês ou Carvalhido. Mas, mais uma vez, o problema nem é ir; o problema é voltar e ser roubado.
O presidente da Junta de Paranhos, Alberto Machado, do PSD, está com os protestantes, que entretanto cortaram o trânsito na rua e pararam o autocarro 204, que ia para a Foz, chamando a atenção da PSP, que ali chegou com três carros. Pede calma, Alberto Machado, diz que nem tudo está perdido, que dia 6 há reunião com os CTT na Câmara do Porto.
In:JN
"O problema não é ter de andar mais um ou dois quilómetros e ir a outra loja CTT - o que até é um problema num idoso, mas adiante. O problema é ter de voltar a casa com a reforma no bolso e ser assaltado", queixa-se Joaquim Guizande, cobrador reformado dos STCP, 73 anos, que agora está na rua a protestar, e vivamente, contra o fim anunciado daquela estação dos Correios.
O fecho da loja integra um programa de redução nacional de 15% nas despesas da empresa pública CTT, que no Grande Porto abarca a extinção de nove lojas (os trabalhadores mantêm os empregos, mas são recolocados noutras lojas). A medida está a levantar protestos, sobretudo dos utentes mais idosos.
Ontem, quinta-feira, das 17 às 18 horas, 100 pessoas indignadas, 90% reformadas, cortou a Rua do Campo Lindo numa acção pacífica de protesto. Houve palavras de ordem, entusiasmo e cartazes e cantou-se esforçadamente em coro "O correio é do povo!".
José Mourato, 82 anos, organizador da manifestação, explica: "O posto serve 4 mil utentes/mês, mais de 300/dia, até tem filas. Toda a gente aqui levanta a reforma do mês. Se fechar vai desproteger-nos e atirar-nos para outro lado". As alternativas mais próximas, explica Mourato, estão a dois quilómetros dali, Marquês ou Carvalhido. Mas, mais uma vez, o problema nem é ir; o problema é voltar e ser roubado.
O presidente da Junta de Paranhos, Alberto Machado, do PSD, está com os protestantes, que entretanto cortaram o trânsito na rua e pararam o autocarro 204, que ia para a Foz, chamando a atenção da PSP, que ali chegou com três carros. Pede calma, Alberto Machado, diz que nem tudo está perdido, que dia 6 há reunião com os CTT na Câmara do Porto.
In:JN