O ex-presidente executivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, contra-almirante Victor Brito, aconselhou a administração a "fazer contas" antes de avançar com a dispensa de 380 trabalhadores, considerando que a medida pode ter "custos elevados".
Em artigo publicado na Revista da Marinha, Victor Brito sublinha que as obrigações contratuais que os ENVC tem para com um armador da Venezuela, para a construção de dois navios para o transporte de asfalto, "não podem deixar de ser tomadas em consideração no esgrimir dos argumentos em matéria de racionalização de efectivos".
Em Outubro de 2010, os ENVC assinaram um contrato, superior a 128 milhões de euros, para a construção de dois navios asfalteiros para a empresa venezuelana PDVSA Naval, filial da Petróleos da Venezuela SA.
Com 27 mil toneladas cada um, o prazo para entrega do primeiro asfalteiro é de 36 meses, sendo o segundo entregue nove meses depois.
O contrato garante 1,2 milhões de horas de trabalho aos ENVC.
"É necessário ter em consideração que em Portugal não existe um mercado estruturado de subcontratação na área específica da indústria naval. É evidente que se pode sempre subcontratar empresas operando noutras regiões e até em países estrangeiros, mas os respetivos encargos são muito mais elevados do que o que terá sido orçamentado, e terá fortes reflexos nos resultados finais da execução do contrato, a apurar dentro de quatro ou cinco anos", refere.
In:JN
Em artigo publicado na Revista da Marinha, Victor Brito sublinha que as obrigações contratuais que os ENVC tem para com um armador da Venezuela, para a construção de dois navios para o transporte de asfalto, "não podem deixar de ser tomadas em consideração no esgrimir dos argumentos em matéria de racionalização de efectivos".
Em Outubro de 2010, os ENVC assinaram um contrato, superior a 128 milhões de euros, para a construção de dois navios asfalteiros para a empresa venezuelana PDVSA Naval, filial da Petróleos da Venezuela SA.
Com 27 mil toneladas cada um, o prazo para entrega do primeiro asfalteiro é de 36 meses, sendo o segundo entregue nove meses depois.
O contrato garante 1,2 milhões de horas de trabalho aos ENVC.
"É necessário ter em consideração que em Portugal não existe um mercado estruturado de subcontratação na área específica da indústria naval. É evidente que se pode sempre subcontratar empresas operando noutras regiões e até em países estrangeiros, mas os respetivos encargos são muito mais elevados do que o que terá sido orçamentado, e terá fortes reflexos nos resultados finais da execução do contrato, a apurar dentro de quatro ou cinco anos", refere.
In:JN