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Prestação da casa pode agravar até 20 euros

florindo

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As prestações do crédito à habitação poderão ser agravadas até 20 euros caso o BCE suba a taxa directora em 25 pontos base esta quinta-feira, apesar de as Euribor já estarem a subir antecipando o agravamento dos juros.

De acordo com uma simulação feita pela Deco, no caso de um crédito de 100 mil euros a 30 anos para contratos com taxa Euribor a seis meses (cuja média em Junho foi de 1,749%) e um spread (margem de lucro do banco) de 0,3%, o aumento será de 12,68 euros.

Este empréstimo que actualmente ronda os 372,07 euros mensais sobe para 384,75 euros, caso o Banco Central Europeu (BCE) aumente para 1,50% a sua taxa de referência.

Para as mesmas condições, se o spread for de 1,4% (semelhante ao praticado no último ano, quando os bancos abrandaram a concessão de crédito) a prestação mensal passa de 429,68 para 443,43 euros, um aumento de 13,75 euros.

Já no caso de um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, o aumento será de 19,02 euros se a este estiver associado um spread de 0,3% e 20,62 euros com um spread de 1,4%.

Caso o empréstimo seja indexado à Euribor a três meses (cuja média de Junho foi 1,489%), quem tem casa própria poderá vê aumentar a prestação mensal entre 12,41 e 20,25 euros.

Estas contas admitem que haja um reflexo directo de um aumento da taxa de juro de referência nas Euribor, ainda que a variação destas últimas não seja imediata, uma vez que as Euribor têm estado a subir desde Março antecipando os expectáveis aumentos pelo BCE, tal como sucedeu em Abril (de um para 1,25%).

O aumento da taxa directora do BCE esta quinta-feira está a ser antecipada pelos economistas contactados pela agência Lusa.

«Há uma normalização das taxas de juro que se impõe. Se não tivéssemos vindo da crise, estaríamos com taxas acima dos dois por cento», disse a economista-chefe do BPI, Cristina Casalinho, considerando que a subida não significará uma «política restritiva» do BCE, mas a adaptação do preço do dinheiro ao actual ciclo económico.

A mesma opinião é partilhada por Diogo Serras Lopes, director de investimentos do Banco Best: «A subida em 0,25% da taxa de referência está amplamente descontada pelo mercado e deverá ser uma realidade. Os níveis de inflação na zona euro mantêm-se há vários meses acima da barreira máxima definida pelo BCE e é de recordar que vimos de mínimos historicamente baixos relativamente à refi [taxa a que o BCE financia os bancos comerciais]», disse.

Segundo o responsável, esta subida da taxas de juro, ainda que reduzida, «representa uma dificuldade acrescida, em especial para as economias periféricas, nas quais Portugal se inclui», o que vai criar ainda mais constrangimentos às famílias, desde logo nos valores das prestações dos créditos bancários, às empresas e mesmo às instituições financeiras.

Um economista de um grande banco português, que preferiu não ser citado, recordou que o sector financeiro será influenciado «directamente» por esta alteração, uma vez que aumenta o custo a que os bancos se financiarem junto do BCE.

Lusa/SOL
 
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