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Juros de Portugal disparam mais de 100 pontos

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GF Ouro
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Mai 2, 2009
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Os indicadores de risco da dívida portuguesa estão sob forte pressão, no dia em que o País realiza um leilão. O juro a 2 anos dispara 150 pontos.

Esta é a reacção dos investidores à decisão tomada ontem pela Moody's de baixar o ‘rating' de Portugal em quatro níveis para ‘Ba2', colocando a notação do País em ‘lixo'. A agência de notação financeira justificou o 'downgrade' com duas razões: a situação da Grécia vai obrigar Portugal a reestruturar dívida e o País vai ser incapaz de cumprir as metas do défice acordadas com a ‘troika'. Em reacção, o Ministério das Finanças afirma que a decisão da Moody's ignora os efeitos da sobretaxa extraordinária em sede de IRS anunciada pelo Governo durante o debate do programa do Governo, no Parlamento, na semana passada.As palavras do Governo liderado por Pedro Passos Coelho não convenceram, contudo, os investidores, que estão hoje a castigar Portugal. Sinal disso é a escalada dos juros dos títulos de dívida Portugal, em especial nos prazos mais curtos. A taxa das Obrigações do Tesouro (OT) a dois anos é a que mais sobe: 158 pontos base para 14,53%. Pelo mesmo caminho seguem as 'yields' das OT a 3 e 4 anos. Avançam ambas mais de 100 pontos base para 15,34% e 13,32%, respectivamente. O juro a 10 anos aumenta 60 pontos para 11,612%, agravando assim o diferencial face à bund alemã para 866 pontos base.O nervosismo em torno de Portugal está a contagiar também os juros da Grécia e da Irlanda, que seguem em alta acentuada."O corte de 'rating' a Portugal é uma lembrança de que a crise da dívida soberana não acaba na Grécia e que há outros países em dificuldades para além da Grécia", explicou Gary Pollack, gestor do Deutsche Bank, citado pela Bloomberg.A deterioração da percepção do risco em relação a Portugal é também visível na subida do preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre as OT nacionais a cinco anos - uma forma de avaliar o risco de incumprimento do país. Este instrumento financeiro subia 82 pontos para 850 pontos base, o nível mais elevado em mais de uma semana. É a segunda subida mais expressiva em todo o mundo, de acordo com o monitor da Bloomberg que acompanha 59 países.É neste clima que Portugal testa esta manhã os mercados de dívida, com uma emissão de curto prazo. O IGCP, órgão responsável pelo crédito público, vai tentar colocar no mercado uma emissão de Bilhetes do Tesouro a três meses, com um montante indicativo entre 750 e 1.000 milhões de euros. Esta será a primeira emissão desde que o novo Governo tomou posse.

 

 

 



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