Os juros disparam para máximos de sempre. Risco de bancarrota também atingiu valor recorde.
A tensão em relação a Portugal instalou-se depois de a Moody's ter ontem cortado o ‘rating' do País em quatro níveis para ‘lixo'. Para justificar o ‘downgrade' a agência de notação financeira afirma que, tal como a Grécia, também Portugal poderá não conseguir atingir as metas orçamentais que assumiu com a ‘troika, em troca de 78 mil milhões de euros, e que necessitará de um novo resgate.Os juros das obrigações do Tesouro (OT) de Portugal a dois e três anos estão a disparar mais de 200 pontos, para 15,252% e 16,626%, respectivamente. Taxas nunca antes vistas desde que o País entrou para a zona euro. As ‘yields' a quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez anos sobem mais de 100 pontos, também para novos máximos.A Grécia e a Irlanda também estão sob forte pressão. No caso de Dublin, as taxas a dois (14,653%) e três anos (15,557%) avançam mais de 100 pontos.Olhando para os juros gregos o cenário é idêntico. As ‘yields' a dois e três anos sobem mais de 80 pontos, situando-se nos 27,878% e 27,658%, respectivamente."O corte de 'rating' a Portugal é uma lembrança de que a crise da dívida soberana não acaba na Grécia e que há outros países em dificuldades para além da Grécia", explicou Gary Pollack, gestor do Deutsche Bank, citado pela Bloomberg.A deterioração da percepção do risco em relação a Portugal é também visível na subida do preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre as OT nacionais a cinco anos - uma forma de avaliar o risco de incumprimento do país. O preço deste instrumento financeiro subia 82 pontos para 850 pontos base, o nível mais elevado em mais de uma semana. É a segunda subida mais expressiva em todo o mundo, depois da Grécia, de acordo com o monitor da Bloomberg que acompanha 59 países.Foi neste clima que Portugal colocou hoje no mercado primário 848 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a três meses, abaixo do montante máximo indicativo (1.000 milhões de euros). Os juros subiram ligeiramente e a procura abrandou.
In:Economico
A tensão em relação a Portugal instalou-se depois de a Moody's ter ontem cortado o ‘rating' do País em quatro níveis para ‘lixo'. Para justificar o ‘downgrade' a agência de notação financeira afirma que, tal como a Grécia, também Portugal poderá não conseguir atingir as metas orçamentais que assumiu com a ‘troika, em troca de 78 mil milhões de euros, e que necessitará de um novo resgate.Os juros das obrigações do Tesouro (OT) de Portugal a dois e três anos estão a disparar mais de 200 pontos, para 15,252% e 16,626%, respectivamente. Taxas nunca antes vistas desde que o País entrou para a zona euro. As ‘yields' a quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez anos sobem mais de 100 pontos, também para novos máximos.A Grécia e a Irlanda também estão sob forte pressão. No caso de Dublin, as taxas a dois (14,653%) e três anos (15,557%) avançam mais de 100 pontos.Olhando para os juros gregos o cenário é idêntico. As ‘yields' a dois e três anos sobem mais de 80 pontos, situando-se nos 27,878% e 27,658%, respectivamente."O corte de 'rating' a Portugal é uma lembrança de que a crise da dívida soberana não acaba na Grécia e que há outros países em dificuldades para além da Grécia", explicou Gary Pollack, gestor do Deutsche Bank, citado pela Bloomberg.A deterioração da percepção do risco em relação a Portugal é também visível na subida do preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre as OT nacionais a cinco anos - uma forma de avaliar o risco de incumprimento do país. O preço deste instrumento financeiro subia 82 pontos para 850 pontos base, o nível mais elevado em mais de uma semana. É a segunda subida mais expressiva em todo o mundo, depois da Grécia, de acordo com o monitor da Bloomberg que acompanha 59 países.Foi neste clima que Portugal colocou hoje no mercado primário 848 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a três meses, abaixo do montante máximo indicativo (1.000 milhões de euros). Os juros subiram ligeiramente e a procura abrandou.
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