O presidente da Caixa Geral de Depósitos considerou, esta sexta-feira, "imoral" e "insultuoso" o corte aplicado pela Moody's ao 'rating' de Portugal esta semana e considerou ser "absolutamente indispensável" a criação de uma agência independente de 'rating' a nível europeu.
"Acho que para além de imoral é insultuoso, completamente inoportuno. Não consigo entender como é que um mês depois de se ter assinado o acordo e 15 dias depois do Governo entrar em funções, e actuar imediatamente, como é que por razões de opinião se realiza um corte de quatro níveis do 'rating' de Portugal. É absolutamente inexplicável", afirmou Faria de Oliveira, à margem da apresentação do estudo Cidades e Desenvolvimento, realizado em parceria com a Saer.
Faria de Olveira, que já tinha criticado as agências de 'rating', especialmente após a Moody's cortar a notação de crédito de Portugal em quatro níveis, questionou mesmo a dimensão dos cortes aplicados a Portugal nos últimos três meses.
"O que é que a Moody's tem de conhecimento adicional neste momento - ainda agora começamos um programa que foi concretizado há mais de um mês - que lhe permita pôr em causa esse programa? Se daqui a uns meses não estivéssemos a executar esse programa, e a cumprir os objectivos, admito que estas questões pudessem ser levantadas. Neste momento há que perguntar porquê. Acresce um segundo factor que agora comento: o que é que justifica uma diminuição do 'rating' de Portugal em 7 níveis em três meses? Creio que na história das agências de 'rating' isto nunca aconteceu em nenhum país, colocando-nos a nível de economias que não têm nada a ver com uma economia como a nossa", disse.
O presidente da CGD considerou ainda "absolutamente indispensável" a criação de uma agência de 'rating' europeia, mas que esta tem de ser independente, tanto na vertente política como "em relação a interesses".
In:JN
"Acho que para além de imoral é insultuoso, completamente inoportuno. Não consigo entender como é que um mês depois de se ter assinado o acordo e 15 dias depois do Governo entrar em funções, e actuar imediatamente, como é que por razões de opinião se realiza um corte de quatro níveis do 'rating' de Portugal. É absolutamente inexplicável", afirmou Faria de Oliveira, à margem da apresentação do estudo Cidades e Desenvolvimento, realizado em parceria com a Saer.
Faria de Olveira, que já tinha criticado as agências de 'rating', especialmente após a Moody's cortar a notação de crédito de Portugal em quatro níveis, questionou mesmo a dimensão dos cortes aplicados a Portugal nos últimos três meses.
"O que é que a Moody's tem de conhecimento adicional neste momento - ainda agora começamos um programa que foi concretizado há mais de um mês - que lhe permita pôr em causa esse programa? Se daqui a uns meses não estivéssemos a executar esse programa, e a cumprir os objectivos, admito que estas questões pudessem ser levantadas. Neste momento há que perguntar porquê. Acresce um segundo factor que agora comento: o que é que justifica uma diminuição do 'rating' de Portugal em 7 níveis em três meses? Creio que na história das agências de 'rating' isto nunca aconteceu em nenhum país, colocando-nos a nível de economias que não têm nada a ver com uma economia como a nossa", disse.
O presidente da CGD considerou ainda "absolutamente indispensável" a criação de uma agência de 'rating' europeia, mas que esta tem de ser independente, tanto na vertente política como "em relação a interesses".
In:JN