BCP, BES, BPI e Banif começam a semana sob forte pressão vendedora.
O principal índice accionista português, o PSI 20, deslizava mais de 2% com as acções do sector financeiro a liderar as perdas. A condicionar estão os receios de que a crise grega está a alastrar-se para outras economias europeias fora da periferia, nomeadamente a italiana. O índice da Bloomberg para a banca cai hoje pela sexta sessão consecutiva, ao mesmo tempo que o euro deprecia quase 1% para a divisa norte-americana, cotando em 1,41 dólares. Nos mercados de dívida, os indicadores de risco da Grécia, Irlanda, Portugal e Itália atingiram máximos da era euro.
"Os investidores estão com um pé atrás esta manhã. Ninguém sabe quando é que isto vai parar nem quando vai cair a próxima peça do dominó. A Itália tem uma dimensão diferente da Grécia, Portugal e Irlanda, o que leva esta crise para um nível completamente diferente", sublinhava Jeremy Batstone-Carr, do Charles Stanley, à Reuters, num dia em que está agendada em Bruxelas uma reunião extraordinária com Durão Barroso, Jean-Claude Trichet, Olli Rehn e Jean-Claude Juncker.
É neste clima, e a poucos dias de serem conhecidos os resultados dos ‘stress tests', que os bancos portugueses estão hoje sob forte pressão vendedora. O BES afundava 4,26% para 2,33 euros, a cotação mais baixa desde 1996. O mesmo acontecia ao BPI, que perdia 3% para 0,90 euros, um mínimo de 1995. No caso do Millennium bcp, que tomba 3,42% para 0,33 euros, é mesmo o valor mais baixo de sempre. No mesmo sentido, os títulos do Banif desciam 4,67% para 0,59 euros.
As últimas cinco sessões foram cinco sessões negras para os bancos nacionais, em parte por causa do ‘downgrade' da Moody's para Portugal. O BCP, por exemplo, perdeu 18% do seu valor de mercado, ao mesmo tempo que os ‘market cap' do BPI e do BES encolheram 13 e 12%, respectivamente. Tudo somado e as perdas acumuladas ascendem a 930 mil milhões de euros na última semana.
"Os resultados das grandes empresas podem começar a atrair as atenções, procurando-se pontos mais positivos, mas a verdade é que o cenário macro continua muito assustador e a pressionar os mercados. Na sexta-feira saem os resultados dos testes de stress à banca, o que aumenta a ansiedade", notava Luís Gonçalves, da GoBulling, no Porto.
Consulte aqui todas as cotações
In:Economico
O principal índice accionista português, o PSI 20, deslizava mais de 2% com as acções do sector financeiro a liderar as perdas. A condicionar estão os receios de que a crise grega está a alastrar-se para outras economias europeias fora da periferia, nomeadamente a italiana. O índice da Bloomberg para a banca cai hoje pela sexta sessão consecutiva, ao mesmo tempo que o euro deprecia quase 1% para a divisa norte-americana, cotando em 1,41 dólares. Nos mercados de dívida, os indicadores de risco da Grécia, Irlanda, Portugal e Itália atingiram máximos da era euro.
"Os investidores estão com um pé atrás esta manhã. Ninguém sabe quando é que isto vai parar nem quando vai cair a próxima peça do dominó. A Itália tem uma dimensão diferente da Grécia, Portugal e Irlanda, o que leva esta crise para um nível completamente diferente", sublinhava Jeremy Batstone-Carr, do Charles Stanley, à Reuters, num dia em que está agendada em Bruxelas uma reunião extraordinária com Durão Barroso, Jean-Claude Trichet, Olli Rehn e Jean-Claude Juncker.
É neste clima, e a poucos dias de serem conhecidos os resultados dos ‘stress tests', que os bancos portugueses estão hoje sob forte pressão vendedora. O BES afundava 4,26% para 2,33 euros, a cotação mais baixa desde 1996. O mesmo acontecia ao BPI, que perdia 3% para 0,90 euros, um mínimo de 1995. No caso do Millennium bcp, que tomba 3,42% para 0,33 euros, é mesmo o valor mais baixo de sempre. No mesmo sentido, os títulos do Banif desciam 4,67% para 0,59 euros.
As últimas cinco sessões foram cinco sessões negras para os bancos nacionais, em parte por causa do ‘downgrade' da Moody's para Portugal. O BCP, por exemplo, perdeu 18% do seu valor de mercado, ao mesmo tempo que os ‘market cap' do BPI e do BES encolheram 13 e 12%, respectivamente. Tudo somado e as perdas acumuladas ascendem a 930 mil milhões de euros na última semana.
"Os resultados das grandes empresas podem começar a atrair as atenções, procurando-se pontos mais positivos, mas a verdade é que o cenário macro continua muito assustador e a pressionar os mercados. Na sexta-feira saem os resultados dos testes de stress à banca, o que aumenta a ansiedade", notava Luís Gonçalves, da GoBulling, no Porto.
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