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Juros italianos sobem e contagiam Portugal

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GF Ouro
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Os investidores não dão tréguas a Portugal. As 'yields' dos títulos de dívida sobem praticamente em todos os prazos.

Os juros da dívida italiana lideram os avanços entre os países periféricos, depois de Itália ter pago hoje juros recorde na emissão de obrigações do Tesouro. A 'yield' da dívida a 3 anos agravava-se em 16 pontos base até aos 4,67%, enquanto o juro a 15 anos se aproximava dos 6%.

No mesmo sentido, os juros da dívida de Portugal e Espanha também registam subidas.

A taxa exigida pelos investidores para transaccionar títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociava nos 17,013%, enquanto no prazo a dois anos, verifica-se uma subida para os 18,044%. Em sentido inverso, os juros dos títulos soberanos portugueses com maturidade a 10 anos seguiam nos 12,525%.

O nervosismo dos investidores em relação aos periféricos é também visível na evolução do preço dos CDS sobre OT a 5 anos, que funcionam como uma espécie de seguro que os investidores pagam para se protegerem de um cenário de incumprimento por parte de um Estado ou empresa.

No caso de Portugal, o custo dos CDS agrava-se para 1.087 pontos-base, a terceira subida mais expressiva em todo o mundo, depois da Grécia e do Vietname, segundo o monitor da Bloomberg que acompanha este indicador de 59 países. Ou seja, um seguro contra a bancarrota de Portugal está hoje a custar 1,08 milhões de euros anuais por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida portuguesa.

Estas evoluções surgem depois de a Fitch ter ontem cortado o 'rating' à Grécia alegando que o próximo plano financeiro de resgate ao país está a demorar demasiado tempo. Também a Moody's colocou a notação máxima, de 'AAA', dos Estados Unidos sob vigilância negativa.

Por outro lado, a demora na marcação de uma Cimeira Europeia para dar resposta à crise da dívida soberana neste país, que está a afectar países periféricos como Portugal, Irlanda, Espanha e a Itália, ambém está a pressionar os investidores.



In:Economico
 
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