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Anita de Bicicleta

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Fev 29, 2008
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Conhecem a estrada que atravessa a vila e se vai perder no campo?

Anita bem gostaria de passear de bicicleta nessa estrada.

Mas só tem um triciclo, que o pai lhe ofereceu quando era mais pequena e que já não é para o seu tamanho. Quando pedala, os joelhos batem no guiador.

Nem já pode ir para a escola neste triciclo.

- Tens de arranjar outro, Anita - diz o gatinho da directora.

- Importas-te de me emprestar a tua bicicleta? – pergunta Anita ao irmão. -Eu não ta estrago.

- Para quê? Nem sequer sabes andar!

- Mas aprendo! - responde Anita, vexada. Primeiro, montar na bicicleta não é nada fácil.

E, depois, é preciso prevenir a mamã.

Não seria bonito andar de bicicleta sem lhe dizer nada.

É melhor ir falar-lhe já.

A mamã acha bem que a Anita aprenda a andar de bicicleta. O avô Nicolau, que ouviu tudo, foi comprar uma às escondidas, para fazer uma surpresa em casa.

Vejam como é bonita a bicicleta da Anita! Como ela vai ficar contente!

Para aprender a andar de bicicleta, nada melhor que o quintal. Tem um carreiro bastante liso e’ sem curvas e não há perigo de ser atropelada.

- Não faças tanta força no guiador - diz o avô. - olha para a frente.

- Não me largues, não? - pede a Anita.

Com o avô, é formidável aprender a andar de bicicleta, não é verdade?

Agora, a Anita já é capaz de andar sozinha … Não acreditam? Claro que ela nunca se teria aventurado a ir à aldeia sem prevenir o avô. As ruas estão cheias de altos e baixos, e o caminho é sempre a descer …

Como é que isto pára?

Depois da curva é o pátio da quinta. Por sorte, a cancela estava aberta, senão Anita teria esbarrado nela.

- Atenção! - grita Anita, largando os pedais. - Atenção!

- Cuá, cuá, cuá! - grasnam os gansos.

- Salve-se quem puder! - diz a galinha preta. - Vai haver um desastre …

De repente, aparece um grande monte de palha. Anita larga o guiador e… catrapus!…

- Mas, é a Anita! - exclama o criado da quinta, muito surpreendido. - Deus queira que não tenha partido nenhuma perna!…

Felizmente não há ferimentos graves nem prejuízos materiais.

-Bem vês - diz o avô -, não se pode andar tão depressa. O mais importante é saber travar. Por exemplo: eu estou na estrada; se tu chegas e tens de travar de repente, deves saltar logo da bicicleta. É assim que se deve fazer.

Agora, a Anita já sabe andar bem. Mas o avô recomenda-lhe:

- Mesmo assim, nada de imprudências!

- Está bem - diz Anita. - Não passo do largo da aldeia.

No largo da aldeia, onde está o mercado, os amigos da Anita esperam por ela com impaciência.

- Que sorte, Anita, tens uma bicicleta nova!

Posso andar um bocadinho? Quando fores a minha casa, empresto-te a minha motorizada.

Depois do almoço, Anita e o avô vão dar um passeio de bicicleta ao campo. Há aí caminhos com muitos atalhos e campos a perder de vista. Pode-se andar horas a fio, com o vento a assobiar entre as grandes árvores. Pantufa diverte-se a saltar as poças de água. É tão agradável acompanhar Anita e o avô neste passeio de bicicleta. Mas não será imprudente meter-se à frente dela? Para a próxima, o Pantufa ficará em casa.

- Chegámos à ponte. Temos de parar no sinal vermelho. - Quando é que podemos passar?

- Quando o sinal passar a verde, claro! Isso vem explicado no Código da Estrada … Conheces o Código da Estrada? Não é difícil. Olha:

Vermelho: passagem proibida. Paragem obrigatória.

Verde: podes passar. Cruzamento.

Sentido proibido. Volto à direita.

Sentido obrigatório. Volto à esquerda.

- Ora esta! O pneu da frente está vazio

- diz Anita, preocupada. Felizmente o avô está ali. Em poucos minutos desmonta a roda.

- Vamos! É preciso reparar o furo antes do anoitecer.

- E agora, depressa, voltemos para casa.

Olha, um carro que vem em sentido contrário.

Naturalmente é o papá, que está preocupado por já ser tarde! Com certeza veio-ao encontro da Anita e do avô Nicolau.

É tão bom regressar a casa!

O avô senta-se no cadeirão. Pantufa salta para a cadeira do seu pequenino dono. O papá e a mamã já não estão preocupados.

- Descansa, avô - diz Anita -, vou tirar-te as botas. Não estás muito cansado?

- Assim-assim. E tu, Anita?

- Eu … tenho as pernas entorpecidas de ter pedalado tanto. Mas de qualquer maneira, foi uma bela passeata! …

No dia seguinte, a Anita limpa a bicicleta.

Os cromados brilham. Os pedais rodam bem.

Trrim, trrim ! - tilinta a campainha, alegremente.

- Tocaram! - diz a galinha, inclinando a cabeça.

- É a hora do almoço,

sem dúvida.

- Anita, importas-te que eu amarre o meu automóvel à tua bicicleta? – pergunta-lhe o irmão mais novo.

- Está bem, mas não vamos para a estrada, senão o avô fica zangado. Não vamos andar muito depressa e devemos seguir sempre pela direita. Seremos educados para toda a gente. E, acima de tudo, prudentes.

Porque, na estrada, nunca estamos sós. E seria pena estragarmos uma tarde tão linda.

FIM DO LIVRO
 
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