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O secretário de Estado do Mar admitiu hoje que, em «alguns aspectos», a proposta da Comissão Europeia de revisão da política comum de pescas terá de ter «em devida conta as especificidades regionais e locais».
Isso é importante para que a «estabilidade entre os três elementos» que a política de pescas comporta – social, económico e ambiental – «não seja desfeita», advertiu Pinto de Abreu, em declarações a bordo do veleiro Creoula, onde embarcou em Ponta Delgada para uma expedição aos ilhéus das Formigas, nos Açores.
O governante considerou também que a proposta apresentada na quarta-feira pela comissária Damanaki revela «bons princípios», mas sublinhou que o processo de revisão da política comum de pescas enfrenta ainda «mais de um ano de discussão», em que estarão em causa «aspectos sobre a aplicação prática».
Pinto de Abreu reafirmou também a «muito grande determinação do Governo em conseguir a valorização do mar português», realçando tratar-se de «um activo que só tem um caminho, o de concretizar o potencial e ter o retorno que está garantido».
Segundo acrescentou, importa ter em conta, porém, que os projectos marinhos «levam tempo» e que «o mar não vai criar uma solução a muito curto prazo».
Neste domínio, afirmou: «Há um caminho que temos que percorrer com pequenos passos, mas passos seguros», destacando a necessidade de «avaliar o ponto de partida».
A campanha que vai ser desenvolvida ao longo de sexta-feira nos ilhéus das Formigas com apoio do Creoula é uma iniciativa da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar.
A missão pretende revelar a rica biodiversidade existente naqueles ilhéus, localizados 37 quilómetros a nordeste da ilha de Santa Maria.
A campanha, que é também acompanhada pelo secretário açoriano do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, e pelo subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona, mobiliza investigadores marinhos, mergulhadores e especialistas na identificação de fauna e flora.
Lusa/SOL