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Um casal de chineses está a investir seis milhões de euros na reabilitação da mais emblemática unidade hoteleira de Bragança, com uma oferta complementar que reforçará o conceito multifunções com que foi projectado há mais de 40 anos.
Hotel quatro estrelas, buffet, restaurante e piscina panorâmicos, SPA, discoteca, bar, sala de conferências e um casino fazem parte do projecto que vai reabrir o equipamento encerrado há vários anos por dificuldades financeiras.
Localizado no centro da cidade, ficou conhecido como “Hotel Torralta”, por ter sido construído pelo grupo com o mesmo nome, mudou de proprietários e passou a “Hotel Bragança” e a ultimamente a “Hotel São José do Nordeste”.
O nome que marca a história deste empreendimento é o do arquitecto Viana de Lima que o projectou no final da década de 1960, junto com outros edifícios como o do Hospital de Bragança.
A herança vai ser respeitada pelo técnico director da obra, Ricardo Versus, que explicou à Lusa que “o edifício feito há 40 anos está capacitado para funcionar actualmente, necessitando sobretudo de adaptações à legislação actual”.
Além da reabilitação, as obras visam também alargar a oferta, reforçando o conceito multifunções com que foi projectado o edifício onde funcionou a principal sala de espectáculos e cinema da cidade, agora também encerrada.
Segundo o director da obra, em Setembro abrirá ao público o restaurante/buffet e em Dezembro o hotel com 60 camas distribuídas por 40 quartos, restaurante e piscina panorâmicos com vista para o castelo de Bragança e um SPA.
Os trabalhos vão prolongar-se durante mais um ano para transformar a outra parte do edifício, que a cidade conhece do antigo cinema e sala de espetáculos, mas que contempla cinco pisos que vão dar lugar a uma discoteca, bar, sala de conferências para 400 pessoas e um casino.
Com a excepção do hotel, o público em geral terá acesso a todos os equipamentos, com parque de estacionamento no exterior.
O casal de empresários chineses promotor do investimento tem negócios nas áreas da restauração e comércio em Bragança, Macedo de Cavaleiros e Chaves e, segundo o director da obra que os representa adquiriam o hotel por “três milhões de euros e estão a investir outro tanto” na reabilitação.
De acordo com Ricardo Versus, actualmente estão a trabalhar no projecto dez empresas de diferentes especialidades, todas de Bragança, “uma exigência dos promotores que fazem questão de adquirir equipamento e mão-de-obra locais”.
Para o presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, “trata-se de um investimento importante pela actividade económica, criação de postos de trabalho e porque recupera a função anterior do edifício como unidade hoteleira à qual acrescenta algumas valências”.
O autarca disse à Lusa que teve “outras solicitações” para uso do edifício, mas entendeu, que, “pela sua qualidade, pela localização estratégica no centro histórico, manter a função de unidade hoteleira era uma mais-valia estratégica para a cidade”.
A inclusão de um casino é o único ponto que desagrada ao autarca.
“Não me parece fazer grande sentido para Bragança”, afirmou, considerando que “um casino viria empobrecer a região”.
Lusa/SOL