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'Desvio nas contas pública supera os dois mil milhões de euros'

florindo

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O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo vai apresentar até ao final de Agosto medidas de contenção da despesa para ajudar a colmatar o «desvio» de cerca de «dois mil milhões de euros» encontrados nas contas públicas.

Pedro Passos Coelho, que falava à margem da festa de verão do PSD de Vila Real, que decorreu nas Pedras Salgadas, referiu que há um «desvio» nas contas públicas «um pouco superior a cerca de dois mil milhões de euros» e que é «preciso colmatar».

Parte da verba necessária será conseguida através da sobretaxa extraordinária sobre o IRS, já anunciada para o subsídio de Natal, e o restante «terá que ser corrigido do lado da despesa».

«O que significa que há muito próximo de dois mil milhões de euros que precisam de ser absorvidos do lado da receita e do lado da despesa para que até ao final do ano o objectivo que ficou fixado para o défice seja cumprido e será cumprido», salientou o governante.

As medidas de contenção da despesa serão anunciadas até ao final de Agosto.

«Elas serão públicas nos próximos 30 dias na medida em que o próprio Governo precisa, quer em razão dos trabalhos de preparatórios do novo Orçamento para 2012, quer na medida em que precisa de reestruturar o sector público para poder fazer poupanças adicionais», sublinhou.

Já antes, no seu discurso para os militantes e simpatizantes do PSD, Passos Coelho reafirmou que não estará sempre a falar da situação que o herdou: «Mas quando chegamos ao Governo não pudemos deixar de olhar para a situação que encontramos. Não é para responsabilizar ninguém para trás, isso foi feito nas eleições, é para saber a medida de ajustamento das políticas que precisávamos de concretizar», acrescentou.

Passos Coelho falou ainda da reunião de quinta-feira, em Bruxelas, entre os chefes de Estado e de Governo da zona Euro, onde espera que seja encontrada uma «resposta mais robusta para toda a Europa».

«Nós queremos participar num projecto europeu ambicioso e queremos dar o nosso contributo para que a Europa saiba encontrar respostas mais ambiciosas para os problemas, mas como primeiro-ministro nunca ficarei à espera do que a Europa tenha que fazer para governar Portugal», salientou.

Por isso mesmo, referiu que, nos próximos 15 dias, serão adoptadas medidas na administração pública e das empresas públicas, quer ao nível salarial, da redução de despesas, do controlo e da redução dos consumos intermédios.

Será ainda adoptado, em dois meses, um novo regime para a contratação e nomeação pública em Portugal e anunciou que o Governo está preparar tudo para a primeira vaga de privatizações.

«Estamos a ultimar tudo o que envolve transformações nas áreas sociais mais prementes: saúde, educação e Segurança Social. São os processos mais delicados que temos pela frente. Há um limite para cortar, não se pode cortar cegamente», frisou.

Até ao final de Agosto, Passos Coelho salientou que Governo tem a «grande ambição» de mostrar aos portugueses como é que o «Estado vai poupar sem por em causa a sua função social».

Lusa / SOL
 
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