As 'yields' dos títulos de dívida portuguesa estão hoje a subir na generalidade dos prazos.
Os investidores estão hoje a castigar as dívidas dos países periféricos e Portugal não é excepção, mesmo depois de ter sido agendada para esta quinta-feira uma reunião de líderes da zona euro para ultimar o segundo resgate à Grécia. A este propósito, o jornal alemão Die Welt avança hoje que a zona euro está a ponderar criar uma taxa bancária para ajudar Atenas.
Por cá, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, esclareceu ontem que o desvio das contas públicas ascende a dois mil milhões de euros, que serão colmatados com o imposto extraordinário e cortes do lado da despesa.
É neste clima que o juro das Obrigações do Tesouro (OT) de Portugal a dois e três anos avançam para 19,645% e 20,278%, respectivamente, novos máximos desde a entrada do País na zona euro, pelo menos. Já a taxa a dez anos cai para 12,641%.
Olhando para os títulos de dívida gregos, o cenário é o mesmo. A 'yield' das OT a três anos sobe mais de 100 pontos para 34,191%, também um recorde da era euro.
Os juros de Espanha também não escapam à pressão e sobem em todas as frentes. A maturidade a dez anos agrava-se para 6,265%.
Apesar da aprovação de um pacote de austeridade de 79 mil milhões, a Itália continua na mira dos mercados, com o juro das OT a dez anos nos 5,888%.
Também os preços de segurar o eventual incumprimento de Portugal, da Grécia, de Espanha, da Irlanda e da Itália aumentam, de acordo com o monitor da Bloomberg para 59 países.
O preço de um 'credit-default swap' (CDS) sobre obrigações a cinco anos irlandesas subia 35 pontos até aos 1.167,33 pontos, a subida mais expressiva no mundo. Seguia-se o avanço de 34 pontos no preço dos CDS portugueses para 1.179 pontos. A fechar o 'top 5' das maiores subidas estão a Grécia, Espanha e Itália.
É neste clima de tensão que Portugal regressa aos mercados de dívida. O IGCP, instituto responsável pela gestão da dívida de Portugal, vai realizar na próxima quarta-feira dois leilões de Bilhetes do Tesouro com maturidades em 21 de Outubro de 2011 e 20 de Janeiro de 2012, com um montante indicativo global entre os 750 e os mil milhões de euros.
In:Economico
Os investidores estão hoje a castigar as dívidas dos países periféricos e Portugal não é excepção, mesmo depois de ter sido agendada para esta quinta-feira uma reunião de líderes da zona euro para ultimar o segundo resgate à Grécia. A este propósito, o jornal alemão Die Welt avança hoje que a zona euro está a ponderar criar uma taxa bancária para ajudar Atenas.
Por cá, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, esclareceu ontem que o desvio das contas públicas ascende a dois mil milhões de euros, que serão colmatados com o imposto extraordinário e cortes do lado da despesa.
É neste clima que o juro das Obrigações do Tesouro (OT) de Portugal a dois e três anos avançam para 19,645% e 20,278%, respectivamente, novos máximos desde a entrada do País na zona euro, pelo menos. Já a taxa a dez anos cai para 12,641%.
Olhando para os títulos de dívida gregos, o cenário é o mesmo. A 'yield' das OT a três anos sobe mais de 100 pontos para 34,191%, também um recorde da era euro.
Os juros de Espanha também não escapam à pressão e sobem em todas as frentes. A maturidade a dez anos agrava-se para 6,265%.
Apesar da aprovação de um pacote de austeridade de 79 mil milhões, a Itália continua na mira dos mercados, com o juro das OT a dez anos nos 5,888%.
Também os preços de segurar o eventual incumprimento de Portugal, da Grécia, de Espanha, da Irlanda e da Itália aumentam, de acordo com o monitor da Bloomberg para 59 países.
O preço de um 'credit-default swap' (CDS) sobre obrigações a cinco anos irlandesas subia 35 pontos até aos 1.167,33 pontos, a subida mais expressiva no mundo. Seguia-se o avanço de 34 pontos no preço dos CDS portugueses para 1.179 pontos. A fechar o 'top 5' das maiores subidas estão a Grécia, Espanha e Itália.
É neste clima de tensão que Portugal regressa aos mercados de dívida. O IGCP, instituto responsável pela gestão da dívida de Portugal, vai realizar na próxima quarta-feira dois leilões de Bilhetes do Tesouro com maturidades em 21 de Outubro de 2011 e 20 de Janeiro de 2012, com um montante indicativo global entre os 750 e os mil milhões de euros.
In:Economico