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'Sell-off' na banca leva bolsa para mínimo de 14 meses

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GF Ouro
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Os resultados dos testes de stress não convenceram os investidores, que estão hoje a castigar os títulos das financeiras.

As bolsas europeias registam hoje quedas acentuadas, acima de 1%, depois de os resultados dos testes de resistência a 90 bancos europeus, divulgados na passada sexta-feira, não terem conseguido reforçar a confiança no sistema financeiro. Apesar de terem chumbado apenas oito instituições, os resultados suscitaram criticas de vários 'players' financeiros, pelo facto de não ter sido contemplado um 'default' da Grécia.

Este comportamento dos mercados é também explicado pela cacofonia em torno do segundo resgate à Grécia. O jornal alemão Die Welt avança hoje, citando fontes diplomáticas, que o Fundo Monetário Internacional (FMI), que participa nos resgates dos países da zona euro com problemas da dívida soberana, está desagradado com a forma como a Europa tem gerido a crise do euro e ameaça mesmo não participar numa segunda ajuda à Grécia.

Tudo isto quando faltam três dias para a realização da cimeira extraordinária de líderes da zona euro, que deverá marcar um novo ciclo na gestão da crise do euro, com melhores condições de empréstimos aos resgatados, com penalização dos credores privados e com uma intervenção mais directa no mercado de dívida.

É neste clima que o principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20, cai 1,76% para 6.613,84 pontos, um mínimo de 25 de Maio de 2010, com dezoito títulos no vermelho. Sem surpresa, as acções dos bancos são as mais penalizadas, em linha com o índice da Bloomberg para  sector europeu. O BCP tomba 3,46%, mas já chegou a afundar 4,4% para 0,304 euros, próximo do mínimo histórico de 0,302 euros, ao mesmo tempo que o BES cede 2,94% e o BPI desliza 1,08%. O Banif afunda 4,21%.

As cinco instituições financeiras portuguesas avaliadas, Caixa, BCP, Espírito Santo Financial Group (ESFG), BPI e BES, que representam 74% do sistema bancário português, passaram nos testes de stress. Mas nem isso impediu a Moody's de anunciar, logo após a divulgação dos resultados dos testes de stress, que cortou a avaliação de sete bancos nacionais, incluindo o BCP, BES e CGD para Ba1 (nível considerado lixo). O BPI foi menos penalizado, tendo visto a sua avaliação cair em um nível de Baa2 para Baa3, ficando um patamar acima de lixo.

Em declarações do Diário Económico, o presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira, desvalorizou o corte da Moody's e salientou a aprovação nos testes de stress.

"Na sexta-feira, quando foram anunciados os testes de stress, apesar da banca portuguesa ter passado, já se sabia que esta ia sofrer um pouco", explicou João de Deus, dealer da Dif Broker, à Reuters.

Sobre o corte da Moody's, João de Deus sublinhou que "o BPI é o que está melhor posicionado e acaba por ser o que cai menos".

A pressionar o PSI 20 estão também os títulos da Galp (-1,22%), num dia em que o preço do barril de 'brent', a referência para as importações nacionais, cai pelo terceiro dia consecutivo.

No mesmo sector, a EDP desliza 0,88%. A agência Dow Jones avança hoje que a China Power está em negociações para adquirir uma participação de até 5% da eléctrica nacional.

Nota ainda para as descidas da Portugal Telecom (-1,45%), Brisa (-3,66%) e da Jerónimo Martins (-1,9%).

 

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In:Economico
 
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