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Conheça as bolsas que mais sobem no mundo

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GF Ouro
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A Mongólia lidera os ganhos entre os índices mundiais que mais sobem desde o início do ano.

Numa altura em que o medo ainda mora nas principais praças da Europa e dos Estados Unidos, nos índices da Ásia e da Europa de Leste o sentimento é bem diferente. As bolsas emergentes seguem imperturbáveis o seu caminho de valorizações e não estão a ser contagiadas pelos problemas da dívida soberana que afectam o "velho continente".

No top 10 dos índices mundiais que mais ganharam desde Janeiro figuram as bolsas da Mongólia, da Venezuela, da Bulgária, da Zâmbia ou da Indonésia. Um sinal de que a aposta nos mercados emergentes pode ser uma hipótese considerada, sobretudo pelos investidores que gostam de apimentar um pouco a sua carteira.

No entanto, a verdade é que nem sempre as valorizações são garantia de um elevado retorno. Até porque, avisam os especialistas, é preciso ter sempre em conta os riscos geopolíticos geralmente agregados a estes índices. De igual forma ,é necessário ter em atenção as variações cambiais e ter em conta a elevada volatilidade a que estes mercados estão geralmente sujeitos.

Por exemplo, no índice da Mongólia (que lidera os ganhos entre as bolsas que mais subiram desde o início do ano) foram transaccionados apenas 68 mil títulos, na última sessão da semana. Em jeito de comparação, o PSI 20 negociou cerca de 100 milhões de acções, durante cada uma das últimas três sessões da semana.

Recorde-se que o índice MSE da Mongólia acumula ganhos de 38%, seguido da praça venezuelana, que já valorizou 24% desde Janeiro. O terceiro lugar do ‘ranking' pertence ao índice da Bulgária, com ganhos de 16,15%.

E por que são estes os índices com os melhores desempenhos do mundo? Inês Correia, da GoBulling, explica que "as bolsas com pequenas capitalizações, muitas vezes com um diminuto conjunto de títulos, conseguem um desempenho de destaque. Por exemplo, o principal índice de acções da Mongólia acumula no ano um retorno de +47,38% - em dólares - mas duas acções estão a valorizar entre 200% e 400%". A especialista relembra ainda que "nos últimos anos, [estes índices estão] mais dependentes de companhias relacionadas com extracção e/ou transformação de matérias-primas, fundamentalmente, minério, metais preciosos, gás e crude". Ou seja, os índices destas bolsas têm beneficiado do ‘boom' que as matérias-primas têm protagonizado.

Inês Corria salienta ainda que "para muitos investidores que seleccionam os activos numa perspectiva de "asset allocation" e de diversificação geográfica estas bolsas podem constituir uma opção, sobretudo, para quem pretende exposição a sectores como o mineiro e o extractivo", conclui.

No entanto, os especialistas recomendam aos investidores que não tenham uma exposição demasiado elevada das suas carteiras a estes índices mais exóticos.

O Diário Económico dá-lhe a sugestão de cinco fundos que apostam em regiões exóticas do globo e que nos últimos 12 meses têm gerado ganhos aos seus investidores.

Cinco fundos exóticos

América LatinaApesar da surpreendente performance do bolsa Venezuelana desde o início do ano, os principais mercados accionistas da América Latina como o Brasil e o México não seguem o mesmo sentido. Ainda assim, entre os fundos que apostam naquela região do globo alguns conseguem destacar-se pela positiva. É o caso do fundo Fidelity Funds - Latin America Fund (USD) que nos últimos 12 meses apresenta uma rentabilidade de 4%. Uma rentabilidade que se tem mantido estável ao longo do tempo. A sua estratégia privilegia sobretudo o investimento em activos dos sectores de serviços financeiros (26,8%), materiais (23,8%) e bens de consumo (15,9%). Os bancos brasileiros Itau Unibanco e Bradesco figuram entre as principais participações. A qualidade deste fundo é certificada com quatro estrelas pela Morningstar.

Europa de LesteA expressão "uma Europa a duas velocidades" encaixa muito bem para descrever o actual contexto dos mercados. As principais bolsas europeias estão a passar por um período conturbado, mas se nos centramos um pouco no que se está a passar mais a leste o cenário é bastante mais risonho. Se olharmos para a performance dos fundos de investimento que apostam naquela região geográfica sobressaem bons retornos. O Amundi Funds Equity Emerging Europe é o fundo de investimento que melhor partido parece estar a tirar dessa região. Nos últimos meses apresenta uma rentabilidade de 16,1%. A sua estratégia de investimento prevê que pelo menos dois terços dos seus activos estejam alocados em acções de sociedades constituídas em países emergentes da Europa. Em termos sectoriais a sua carteira privilegia sobretudo o investimento na energia (41,6%), os materiais (19%) e os serviços financeiros (18,9%). Entre as maiores participações individuais estão títulos das empresas russas Gazprom e Lukoil.

ÁfricaAs bolsas africanas são ainda desconhecidas por muitos investidores. Mas tal não significa que sejam um mau investimento. Apesar da bolsa da Zâmbia figurar no ‘ranking' das melhores performances bolsistas em todo o mundo em 2011, existem outros bons exemplos no mercado africano e dos quais a indústria de fundos tem tirado partido. Exemplo disso mesmo é o fundo DWS Invest Africa que nos últimos 12 meses garantiu uma rentabilidade de 12,4%. Pelo menos 70% dos seus activos estão investidos em acções de empresas Africanas - incluindo ‘blue chips' e pequenas e médias empresas- que a DWS acredita terem uma posição forte no mercado e boas perspectivas de crescimento. A sua carteira de activos privilegia o investimento no sector dos materiais (51,5%), serviços financeiros (16,5%) e energia (15,4%). Entre as maiores participações estão em títulos como as mineiras canadianas First Quantum Minerals e a IAMGold Corporation. Entre as maiores posições estão ainda as zambianas Mtn Group (telecomunicações) e Naspers (media).

IndonésiaA quinta maior economia asiática e a terceira maior em termos de população tem chamado a atenção dos investidores em todo o mundo. Tudo isto em grande medida devido ao ‘boom' das ‘commodities'' que tem levado ao sucesso económico indonésio e ao crescimento da classe média. Só em 2010, os investidores estrangeiros alocaram na Indonésia cerca de 1,6 mil milhões de dólares e nos últimos dois anos, o mercado accionista já cresceu cerca de 130%. O Fidelity Funds- Indonesia Fund é um dos fundos de investimento que melhor tem tirado partido deste ‘boom': nos últimos 12 meses rende 20,6%. A sua carteira aposta sobretudo no sector financeiro indonésio (36%), nos bens de consumo (21,6%) e nos materiais (20,7%). O seu principal inconveniente é o risco que lhe está associado. Segundo a classificação da Morningstar o seu risco é "muito alto".

Austrália e Nova ZelândiaMuito popular como destino turístico exótico, a Nova Zelândia também tem distribuído bons retornos aos investidores. Para apostar naquele país do pacífico, uma das melhores formas é através de fundos de investimento vocacionados para o mercado australiano mas que possuem também alguma exposição à Nova Zelândia. É o caso, por exemplo, do Dexia Equities Australia (AUD). Entre os fundos com exposição ao mercado neo-zelandês, é o que apresenta o retorno mais elevado nos últimos 12 meses, com uma rentabilidade de 18,6%. Pelo menos dois terços dos seus activos estão investidos em acções de empresas com sede ou actividade preponderante na austrália. As maiores posições estão no sector dos materiais (38,96%), sendo as mineiras Rio Tinto e a BHP Billiton as maiores participações. Seguem-se os serviços financeiros (29,81%) e posições no sector da distribuição.



In:Economico
 
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