Um juiz de Valongo que em meados deste mês decretou prisão preventiva para dois feirantes, por indícios de escravizarem pelo menos quatro homens fragilizados, considerou que os arguidos criaram às vítimas situações "a roçar" a dos campos de concentração.No auto de interrogatório dos arguidos, a que Lusa teve agora acesso, o magistrado assinalou que a conduta dos arguidos, mãe e filho, denotou "um profundo desrespeito pela vida e dignidade humanas, a roçar um quase gueto ou situação de campos de refugiados ou de campos de concentração, que a história infelizmente tem vindo a repetir".
Do auto de interrogatório, consta que a arguida Carminda alegou agir "por caridade" ao recrutar homens que trabalhavam a troco de nada ou quase nada, sujeitos a maus-tratos, coação e ameaça e privados de documentos de identificação, mas os argumentos não convenceram o juiz.
In: Rtp
Do auto de interrogatório, consta que a arguida Carminda alegou agir "por caridade" ao recrutar homens que trabalhavam a troco de nada ou quase nada, sujeitos a maus-tratos, coação e ameaça e privados de documentos de identificação, mas os argumentos não convenceram o juiz.
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