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Bombardeiros Pesados da II Guerra Mundial

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GF Platina
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Um bombardeiro estratégico é uma aeronave de grande porte, projectada para lançar grandes quantidades de bombas e munições em alvos distantes, com o propósito de debilitar a capacidade do inimigo de manter a guerra. Diferem dos bombardeiros tácticos, que são usados na zona de batalha para atacar tropas e equipamento militar inimigo a curtas distâncias, ou com grande proximidade do alvo, como os Junkers Ju 87 Stuka, Ilyushin Il-2 Shturmovik, o A-10 Thunderbolt II e o Sukhoi Su-25 Frogfoot.

Os bombardeiros estratégicos são construídos para voar grandes distâncias carregando cargas pesadas, até ao coração do território inimigo, para destruir alvos estratégicos como fábricas, represas, bases militares, pontes e cidades. Os bombardeiros estratégicos podem em alguns casos ser usados para missões tácticas.
 
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Boeing B-29 Superfortress

O Boeing B-29 Superfortress é um avião militar com quatro motores a hélices que foi utilizado como bombardeiro durante a Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia pela Força Aérea dos Estados Unidos da América. Foi também o avião que levou as bombas atómicas para o ataque às cidades de Hiroshima e Nagasaki. O Boeing B-29 foi o maior avião em serviço durante a Segunda Guerra Mundial. Ele era considerado o mais avançado bombardeiro da época, tendo como inovações a cabine pressurizada, sistema central de controle de fogo e metralhadoras controladas por controle remoto. Embora desenvolvido para ser um bombardeiro diurno de alta altitude, na prática realizou mais missões incendiárias nocturnas de baixa altitude. Até a sua retirada no final dos anos 60, 3900 B-29 foram construídos.
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Consolidated B-24 Liberator

O Consolidated B-24 Liberator era o bombardeiro americano de maior produção que qualquer outro avião americano durante a Segunda Guerra Mundial, e foi usado pela maioria dos Aliados durante a guerra. Desenhado como um bombardeiro pesado, serviu não só nesse papel, mas também como bombardeiro de patrulha marítima (PB4Y) e como transportador pesado (C-87 ou C-109).

Como o P-51 Mustang, o Liberator foi desenvolvido às pressas. Em Janeiro de 1938, a Força Aérea Americana convidou a Consolidated a desenvolver um bombardeiro com maior alcance, velocidade, melhor performance em altitude que o B-17 Flying Fortress. O contrato para um protótipo foi concebido em Março, requerendo que estivesse pronto antes do fim do ano. O projecto era simples no conceito, mas foi avançado para seu tempo. O peso de descolagem máximo de 32.000 kg era um dos mais elevados naquele tempo. Foi o primeiro bombardeiro americano a usar trem de pouso triplo em vez de uma roda na cauda, e tinha as asas longas, finas com uma alta taxa de aspecto para a máxima eficiência de combustível. Tinha também cauda dupla. Comparado com o B-17, o B-24 era mais curto, tinha 25% menos área de asa, mas tinha 1,8 metro a mais de envergadura, e mais capacidade de carregamento. O B-17 usava motores de 9 cilindros Wright R-1820 Cyclone, o B-24 usava motores duplos de 14 cilindros Pratt & Whitney R-1830 Twin Wasp de 1000 HP (746 kW).

A Consolidated terminou o protótipo, conhecido como XB-24, e fez seu primeiro voo em 2 de Janeiro de 1939. Mais sete YB-24 voaram em 1940 e a Consolidated se preparou para sua construção em escala. Seus pedidos eram de 36 para a United States Army Air Corps, 120 para a francesa Armée de l'Air, e 164 para a Royal Air Force (RAF). A maior parte da primeira produção foi enviada para a Grã-Bretanha, incluindo os pedidos pela Armée de l'Air, depois que a França foi anexada pela Alemanha em 1940. Os B-24 americanos entraram em combate em Junho de 1942 com um ataque de 13 aviões nos campos de petróleo de Ploesti na Roménia, lançados do Egipto. O ataque foi descrito com sem sucesso pelo Exército, mas alertou os defensores da ameaça de novos bombardeiros. Quando 177 B-24 atacaram Ploesti de novo em 1943, 53 não regressaram.

A produção do Liberator aumentou rapidamente durante 1942 e 1943: a Consolidated triplicou sua fábrica em São Diego (Califórnia) e construiu outra em Fort Worth (Texas). Mais aviões vieram da Douglas Aircraft Company em Tulska, (Oklahoma) e da North American Aviation em Dallas, no Texas. Todas essas fábricas foram superadas pela fábrica da Ford Motor Company em Willow Run, que começou a operar em Agosto de 1942. Esta era a maior fábrica nos Estados Unidos, e a maior fora da União Soviética.
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B-17 Flying Fortress

O B-17 Flying Fortress (Fortaleza Voadora) foi um avião bombardeiro quadrimotor construído pela Boeing, durante a Segunda Guerra Mundial, para a Força Aérea dos Estados Unidos. Era uma aeronave potente, de grande raio de acção, capaz de provocar grande destruição em alvos inimigos e com grande capacidade de auto-defesa. A sua capacidade de retornar de missões mesmo com sérios danos e sua durabilidade mesmo quando obrigado a pousos de barriga, tornaram o avião mítico durante a guerra.

Apesar de ter alcance e capacidade de carregamento de bombas menor que os B-24 Liberator usados pela Royal Air Force britânica, provocava grande satisfação e confiança nos aviadores das 8ª e 15ª Frotas Aéreas norte-americanas, responsáveis pelas missões de bombardeamento da Alemanha. Utilizado preliminarmente para o bombardeamento de precisão estratégico diurno de alvos civis e industriais alemães, os B-17 também foram utilizados durante bombardeamentos nocturnos – especialidade da RAF – durante as etapas de preparação para a invasão da Normandia, nos primeiros meses de 1944, de maneira a assegurar a superioridade aérea sobre fábricas, cidades e campos de batalha do continente europeu. Também participou, em menor número, da Guerra do Pacífico.

Com um tecto de voo maior que o de seus contemporâneos, os B-17 se estabeleceram como soberbas armas de guerra, lançando mais bombas que qualquer outra aeronave norte-americana da II Guerra Mundial; do 1,5 milhão de bombas lançadas sobre a Alemanha, 500 mil as foram por estes aviões. A Força Aérea Brasileira operou 13 aeronaves entre 1951 e 1968. Na FAB, o B-17 jamais operou como bombardeiro, mas em missões de reconhecimento, busca e salvamento e transporte.

Curiosidades:

O mais famoso dos B-17 que participaram da guerra foi o "Memphis Belle", que teve a sua história e da sua tripulação retratada no cinema, no documentário de 1944, de William Wyler; e em 1990 no filme "Memphis Belle: A Fortaleza Voadora".

16 países utilizaram o B-17 em serviço militar, durante e após a II Guerra. O Brasil foi o último a tirá-lo de operação, em 1968.

Por ironia do destino, Werner G. Goering, nascido e criado em Salt Lake City, nos Estados Unidos, foi piloto de bombardeiros B-17 durante a guerra, participando de 48 missões de ataques aéreos bem sucedidos contra a Alemanha. Seu tio era o Reichsmarschall nazi, Hermann Goering.

Artistas famosos também foram tripulantes de B-17 durante a guerra como Clark Gable, James Stewart e Gene Roddenberry , o criador da série de TV "Caminho das Estrelas".
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Avro Lancaster

O Avro Lancaster foi o melhor e o mais famoso bombardeiro quadrimotor britânico da II Guerra Mundial. Nasceu em 1941 como espólio do fracassado bombardeiro bimotor Avro Manchester. O seu baptismo de fogo ocorreu em 2 de Março de 1942 e até ao fim da guerra, cobriu-se de glórias. Os 7366 exemplares produzidos realizaram 156.000 missões, lançando 608.612 toneladas de bombas (entre as quais algumas "Grand Slam" de 10.000 kg). Entre as suas muitas acções de repercussão, estão o ataque à represa de Moehne e Eder, em 17 de Maio de 1943, e o afundamento do Tirpitz, em 12 de Novembro de 1944. Em 1945, mais de 1000 Lancaster ainda se encontravam em serviço activo na RAF, em 56 esquadrões.
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Handley Page Halifax

Segundo dos bombardeiros pesados quadrimotores a entrar em serviço com a RAF, em Novembro de 1940, o Handley Page Halifax era um dos famosos componentes da tríade formada por ele, o Avro Lancaster e o Short Stirling. Essa tríade formaria a força nocturna do Comando de Bombardeiros da RAF contra a Alemanha. Em conjunto com os ataques diurnos da USAAF, essas acções atingiram seu ápice em 1944, causando devastação sem precedentes.

Mas embora tenha entrado em serviço mais de um ano antes do Lancaster, o Halifax foi sempre colocado em segundo plano pelo bombardeiro da Avro. O Halifax, no entanto, vencia o Lancaster em sua versatilidade para diversos papéis. Além de bombardeiro pesado nocturno, era muito eficiente como ambulância, transporte, rebocador de planadores e reconhecimento marítimo.

A origem do Halifax remonta a um requerimento do Ministério do Ar de 1935, que pedia por um bombardeiro bimotor. A Handley Page respondeu com seu Handley Page 55, que se provou insatisfatório. Cerca de um ano mais tarde, o Ministério expediu outro requerimento, pedindo por um bombardeiro médio ou pesado equipado com dois motores Rolls-Royce Vulture X. O Handley Page 56 foi seleccionado para a construção do protótipo, mas a companhia tinha dúvidas quanto à fiabilidade do Vulture. Foi então decidido redesenhar o Handley Page 56 para usar quatro motores Bristol Taurus, rapidamente trocados pelos Rolls-Royce Merlin. As características gerais não foram muito modificadas, mas o projecto Handley Page 57, que foi submetido à aprovação do Ministério, era uma aeronave consideravelmente maior e mais pesada.

Em 3 de Setembro de 1937, a Handley Page ganhou o contrato para a construção de dois protótipos do Handley Page 57, e a construção começou no início de 1938. Quando o primeiro destes estava perto de ser completado, percebeu-se que o aeródromo da empresa em Radlett, Hertfordshire, era muito pequeno para o primeiro voo de uma aeronave tão grande, e foi decidido usar a mais próxima base não operacional da RAF, que ficava em Bicester, Oxfordshire. Os trabalhos finais no protótipo foram feitos em Bicester, e o primeiro voo ocorreu em 25 de Outubro de 1939.
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Shorts Stirling

O Shorts Stirling foi o primeiro bombardeiro quadrimotor britânico do período da II Guerra Mundial. O seu desenvolvimento começou em 1936 e o primeiro protótipo voou em Maio de 1939. Tratava-se de uma aeronave de grandes dimensões, embora o seu alcance operacional quando carregado fosse relativamente curto. As entregas à Royal Air Force começaram em Agosto de 1940, com um total de 712 exemplares entregues até 1942. Nessa altura os britânicos já se tinham apercebido dos principais problemas do avião. Ele não só tinha um alcance operacional reduzido quando transportava sua carga máxima de bombas, como além disso tinha péssimas prestações em altitude, atingindo os 5000 metros com dificuldade. Em 1942 a versão base foi substituída pelo Stirling Mk III que tentava resolver o problema incorporando motores mais potentes. O modelo Mk III também foi adaptado para desempenhar a função de bombardeamento nocturno. A coberto da noite e sem a oposição dos caças o Stirling teria mais possibilidades de desempenhar a missão. Os resultados não foram porém satisfatórios e em meados de 1943 os Stirling foram retirados de serviço de primeira linha por causa do grande numero de perdas. Mesmo depois de ter sido retirado de serviço de primeira linha o Stirling continuou a ser fabricado e foram lançadas mais duas séries. No entanto a série Mk IV estava desarmada e destinava-se ao transporte de tropas e também podia ser utilizada para rebocador de planadores. Os Stirling na versão «rebocador» foram utilizados em grande numero em Junho de 1944 para transportar forças de assalto aéreo. Em Janeiro de 1945, poucos meses antes do final da guerra ainda foi lançada a versão Mk V de transporte e reboque aéreo, tendo sido produzidas 160 unidades antes de se encerrar a produção.
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PETLYAKOV Pe-8

PETLYAKOV Pe-8 foi o único bombardeiro pesado estratégico soviético da Segunda Guerra Mundial; foi produzido de 1940 a 1944 em modesta quantidade de exemplares. As origens deste aparelho remontam ao ANT-42, desenhado por Tupolev em 1936. O Pe-8 foi utilizado ocasionalmente em acções de bombardeamento contra a Alemanha, algumas de tais acções foram contra Berlim. Diversos exemplares de Pe-8 foram utilizados como aviões de transporte de passageiros: em 1942, um destes foi usado por Molotov para ir à Inglaterra, e um outro chegou a Washington, partindo de Moscovo, via Escócia, Islândia e Canadá, num voo transoceânico notável para um aparelho do seu tipo.
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Heinkel He 177 Greif

Bombardeiro pesado bimotor He 177 Greif, para cinco tripulantes, foi o único bombardeiro pesado construído em série pela Alemanha durante a Segunda Grande Guerra e ainda assim um pequeno fracasso. Era uma aeronave grande com quatro motores acoplados dois a dois e entrou em acção em unidades da Luftwaffe em 1942. Com um amplo compartimento para bombas e asas muito longas, o He 177 podia transportar uma grande carga (até 5600 kg em missões de curta distância), porém sofria com problemas nos motores e desenho estrutural. A exigência de poder operar como bombardeiro de mergulho e a insistência em equipar a aeronave com dois DB606 (unidades constituídas por dois DB601 acoplados), foram responsáveis por estas falhas. O He 177 era pesado demais para sua estrutura e frequentemente ocorriam incêndios nos motores. Assim, a aeronave raramente era empregada em missões de bombardeamento estratégico, sendo apenas parcialmente empregada na patrulha naval. Mesmo tendo o KG 1 enviado 87 He 177 à frente oriental para o memorável ataque em Velikye Luki em 1944. Gradualmente as operações com o He 177 foram canceladas em função da falta de combustível, porém, no final da guerra, a aeronave já estava modificada para carregar a bomba A alemã. Um total de 1094 unidades construídas, muitas das quais não foram usadas em combate. O He 277 foi uma versão de aperfeiçoamento do He 177 com quatro motores DB603-A, de 1750 HP cada, da qual foram construídas oito aeronaves. O modelo He 177 A-1 tinha dois motores acoplados Daimler-Benz DB606 com 2700 HP de potência cada. A envergadura era de 31,44m e o comprimento de 21,90m. Suportava peso máximo de descolagem de 30.535Kg; atingia a velocidade máxima de 505Km/h, com alcance de 5600Km e tecto de 8800m. A aeronave estava armada com três metralhadoras de 7,9mm (calibre .30) mais duas metralhadoras de 13mm (calibre .50) e podia carregar até 3000Kg de explosivos, inclusive mísseis Fritz-X teleguiados.
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LADYBIRD: as mulheres que pilotaram o BOEING B-29​


 
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