Confira as 235 nomeações: Passos tem 14 motoristas

Governo lança site com alguns dados. Muitos ministérios ainda não têm qualquer informação. Miguel Relvas vai à frente neste «campeonato»

O Governo disponibilizou esta sexta-feira o site com nomeações directas feitas pelos ministérios, cumprindo uma promessa do primeiro-ministro, feita quando ainda estava em campanha eleitoral.

A lista não está completa, como admitiu o próprio Pedro Passos Coelho, mas será actualizada durante os próximos dias. O método passa por usar a página oficial do Governo como suporte, sendo que as nomeações estão separadas por ministério e em cada indivíduo é colocado o seu cargo, idade e vencimento mensal bruto. No total são 235 nomeações.

Nem todos os ministérios publicaram a informação. Para além do primeiro-ministro, só o Ministro das Finanças, o ministro da Defesa Nacional, o Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, o ministro da Saúde, o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e o secretário de Estado da Cultura.

Faltam, por isso, os dados do ministro dos Negócios Estrangeiros, do ministro da Administração Interna, da ministra da Justiça, do ministro da Economia e do Emprego, do ministro da Saúde, do ministro da Educação e Ciência, do ministro da Solidariedade e da Segurança Social, para além da secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualde.

Conferindo as nomeações já disponibilizadas, constata-se que o salário mais baixo é de um motorista, que ganha 583 euros brutos e o mais alto o de um chefe de gabinete do ministro das Finanças, que ganha 4791 euros brutos por mês (para além de uma adjunta do secretário de Estado da Cultura, que ganha mais de 4700 euros brutos).

O primeiro-ministro tem 14 motoristas (e não 11, como referiu no debate quinzenal), nove secretárias, oito assessores e sete adjuntos. Passos Coelho reduziu o número de pessoal, comparando com José Sócrates, porque diz querer dar o exemplo. No total são 38 nomeações.

O ministro das Finanças aposta nos adjuntos (tem 13), para além dos assessores (8). São seis as secretárias, cinco os chefes de gabinete, três os colaboradores e dois os assessores de imprensa. No total, Vítor Gaspar fez 37 nomeações.

A equipa do ministro da Defesa Nacional é mais pequena, possuindo sete assessores, quatro secretárias, quatro adjuntas, dois chefes de gabinete, um adjunto diplomático, um adjunto financeiro e um adjunto de imprensa. Aguiar Branco fez 20 nomeações.

Já o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares tem 17 adjuntos, 12 especialistas e 11 secretárias. A equipa é formada ainda por quatro elementos de apoio técnico e administrativo, para além de cinco chefes de gabinete, dois motoristas e uma secretárias pessoal. Miguel Relvas fez 52 nomeações.

A ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território tem 16 adjuntos, oito secretárias, cinco chefes de gabinete, seis assessores/especialistas, seis especialistas, três elementos no apoio administrativo, dois de apoio técnico, duas secretárias pessoais e dois motoristas. Assunção Cristas fez 50 nomeações.

O ministro da Saúde poupa nas escolhas. Tem seis adjuntos, seis secretárias, três chefes de gabinete, dois colaboradores e um assessor. Paulo Macedo fez 18 nomeações.

O secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas tem apenas uma adjunta; enquanto que o secretário de Estado da Cultura é mais exigente. Tem cinco colaboradores/especialistas, quatro motoristas, três especialistas jurídicos, três secretárias, dois adjuntos, um chefe de gabinete e um especialista. Francisco José Viegas fez 19 nomeações.