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Mau tempo: Turistas e proprietários de negócios de praias descontentes
Chuva estraga início de férias a milhares
A chuva e o vento estragaram, ontem, o começo de férias de milhares de portugueses, cumprindo-se o velho ditado popular de que o primeiro de Agosto corresponde ao primeiro de Inverno. As praias algarvias, que se encontram habitualmente repletas no Verão, estiveram praticamente vazias. E quem ousou desafiar o clima acabou por ter de usar o guarda-sol como guarda-chuva.
"Há 31 anos que faço férias no Algarve e nunca apanhei um tempo deste", afirma José Araújo, de São João da Madeira, que ainda experimentou deslocar-se à praia, mas acabou por desistir.
"É uma surpresa desagradável este tempo", frisa Patrícia Rocha, emigrante em França, que está de férias com a família (quatro adultos e dois menores), no Algarve, adiantando que, apesar das más condições climatéricas, "as crianças ainda tomaram banho".
Os negócios de praia tiveram um dia para esquecer. "Só alugámos quatro motos de água, quando habitualmente alugamos 40 ou 50", diz Adriano Martins, do apoio balnear Radicaline, na Praia da Rocha (Portimão). Nos restaurantes, as queixas eram semelhantes: "Há dias no Inverno em que se factura mais", refere Ricardo Nogueira, do Salsada do Zé. No snack-bar Esplanada da Fortaleza, o dono, Rui Calado, diz que "o movimento caiu 90%". Em contrapartida, os centros comerciais da região estiveram cheios. "No Verão, temos sempre mais procura, mas hoje [ontem] o número de visitantes subiu ainda mais", afirma Sérgio Santos, do Fórum Algarve, em Faro. O comércio tradicional também ganhou: "O movimento foi acima do normal", confirma João Rosado, presidente da Associação do Comércio e Serviços do Algarve. Nas estradas, o dia foi de caos, sobretudo nos acessos às principais cidades algarvias.
VENTO, CHUVA E CRISE AFECTAM COMERCIANTES
Na praia de Carcavelos, Cascais, os comerciantes dizem que este Verão é para esquecer, devido às condições adversas do clima. Rafael Neto, gerente do Windsurf Café, encara agora com pessimismo o mês de Agosto, depois de um Julho mau. "Em Julho, houve vinte dias seguidos de vento forte, que afastava as pessoas da praia e das esplanadas. Agora, chegamos a Agosto, acabou o vento, mas chegou a chuva", lamenta.
"Lá diz o ditado que o primeiro de Agosto é o primeiro dia de Inverno e estamos a ver que é verdade", referiu o empresário brasileiro, a viver há três anos em Cascais.
Já Armando Pinto, responsável pelo restaurante Grande Onda’ entende que este é "o pior Verão dos últimos dez anos". "O tempo não ajuda e a crise leva a que as pessoas, em vez de gastarem dez euros, gastem cinco", refere. Nos restaurantes da maior praia da linha de Cascais, os turistas faltavam e, no areal, os toldos estavam vazios. Com a chuva, o fato-de-banho deu lugar ao chapéu de chuva.
C.D.Manha
Chuva estraga início de férias a milhares
A chuva e o vento estragaram, ontem, o começo de férias de milhares de portugueses, cumprindo-se o velho ditado popular de que o primeiro de Agosto corresponde ao primeiro de Inverno. As praias algarvias, que se encontram habitualmente repletas no Verão, estiveram praticamente vazias. E quem ousou desafiar o clima acabou por ter de usar o guarda-sol como guarda-chuva.
"Há 31 anos que faço férias no Algarve e nunca apanhei um tempo deste", afirma José Araújo, de São João da Madeira, que ainda experimentou deslocar-se à praia, mas acabou por desistir.
"É uma surpresa desagradável este tempo", frisa Patrícia Rocha, emigrante em França, que está de férias com a família (quatro adultos e dois menores), no Algarve, adiantando que, apesar das más condições climatéricas, "as crianças ainda tomaram banho".
Os negócios de praia tiveram um dia para esquecer. "Só alugámos quatro motos de água, quando habitualmente alugamos 40 ou 50", diz Adriano Martins, do apoio balnear Radicaline, na Praia da Rocha (Portimão). Nos restaurantes, as queixas eram semelhantes: "Há dias no Inverno em que se factura mais", refere Ricardo Nogueira, do Salsada do Zé. No snack-bar Esplanada da Fortaleza, o dono, Rui Calado, diz que "o movimento caiu 90%". Em contrapartida, os centros comerciais da região estiveram cheios. "No Verão, temos sempre mais procura, mas hoje [ontem] o número de visitantes subiu ainda mais", afirma Sérgio Santos, do Fórum Algarve, em Faro. O comércio tradicional também ganhou: "O movimento foi acima do normal", confirma João Rosado, presidente da Associação do Comércio e Serviços do Algarve. Nas estradas, o dia foi de caos, sobretudo nos acessos às principais cidades algarvias.
VENTO, CHUVA E CRISE AFECTAM COMERCIANTES
Na praia de Carcavelos, Cascais, os comerciantes dizem que este Verão é para esquecer, devido às condições adversas do clima. Rafael Neto, gerente do Windsurf Café, encara agora com pessimismo o mês de Agosto, depois de um Julho mau. "Em Julho, houve vinte dias seguidos de vento forte, que afastava as pessoas da praia e das esplanadas. Agora, chegamos a Agosto, acabou o vento, mas chegou a chuva", lamenta.
"Lá diz o ditado que o primeiro de Agosto é o primeiro dia de Inverno e estamos a ver que é verdade", referiu o empresário brasileiro, a viver há três anos em Cascais.
Já Armando Pinto, responsável pelo restaurante Grande Onda’ entende que este é "o pior Verão dos últimos dez anos". "O tempo não ajuda e a crise leva a que as pessoas, em vez de gastarem dez euros, gastem cinco", refere. Nos restaurantes da maior praia da linha de Cascais, os turistas faltavam e, no areal, os toldos estavam vazios. Com a chuva, o fato-de-banho deu lugar ao chapéu de chuva.
C.D.Manha