• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

PS quer ouvir Silva Carvalho no Parlamento

moreira1

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Abr 7, 2007
Mensagens
1,737
Gostos Recebidos
0
350030

Os socialistas requereram hoje, por escrito, a audição do ex-director do SIED. Que, ontem à noite, pediu o “conhecimento integral” do relatório de Marques Júnior. O PÚBLICO sabe que o documento, assim como o inquérito pedido pelo Governo, terão concluído pela ilibação de Silva Carvalho.


Esta manhã, o PS, num requerimento assinado pelo deputado Ricardo Rodrigues, vice-presidente do grupo parlamentar, solicitou a audição de Jorge Silva Carvalho, ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), na Comissão de Assuntos Constitucionais. Os socialistas aceitam, assim, o pedido do antigo chefe dos serviços, que, há mais de duas semanas, disse estar disponível para ser ouvido no Parlamento, devido às notícias que o apontavam como autor de alegadas fugas de dados das “secretas”.

O pedido dos socialistas não foi feito com carácter de urgência, pelo que Silva Carvalho deverá ser convocado para a 1ª comissão só depois das férias parlamentares (que começam no dia 8 e acabam a 22. A audição do ex-director do SIED será ainda votada pelos deputados, mas os socialistas dizem acreditar que a presença de Silva Carvalho na comissão não será contestada pelos partidos do Governo, PSD e CDS.

Ontem à noite, o advogado de Silva Carvalho, Nuno Morais Sarmento, enviou uma nota para a agência Lusa, na qual era sublinhado que as declarações de Marques Júnior, presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações das República Portuguesa (CFSIRP), à saída da sua audição na 1ª comissão, não clarificavam, “de forma inequívoca” o não envolvimento de Silva Carvalho neste processo.

Por isso, podia ler-se, seria “necessário e urgente o conhecimento integral das conclusões que foram transmitidas à comissão parlamentar, que se aguarda aconteça amanhã [hoje]”.

Refira-se que Marques Júnior admitiu terem existido o uso “indevido” de “meios afectos ao SIED” e o “envio indevido” de informações, mas não situou data e destinatário, nem, em qualquer momento, nomeou Silva Carvalho. Falou num eventual “procedimento interno” e frisou que o caso não colocou em causa a segurança interna ou os interesses do Estado. O PÚBLICO sabe que Marques Júnior estava a referir-se a um actual funcionário do SIED que não terá respeitado alguns procedimentos de segurança.

O presidente do CFSIRP sublinhou ainda que a colaboração das “secretas” com as empresas insere-se no domínio da segurança interna, é confidencial e tem o “conhecimento da direcção superior dos serviços de informação”.

O relatório apresentado por Marques Júnior aos deputados teve o contributo dos resultados do inquérito pedido pelo Governo ao SIRP, a 23 de Julho. Os dois documentos, sabe o PÚBLICO, terão concluído pela ilibação de Jorge Silva Carvalho.
 
Topo