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Agricultores querem policiamento nos campos

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A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) considera que os furtos nos campos agrícolas estão a assumir uma dimensão preocupante e pediu uma reunião ao ministro da Administração Interna para exigir patrulhamento.

João Machado, presidente da CAP, disse à agência Lusa que espera reunir-se com o ministro Miguel Macedo ainda este mês porque «há questões de matéria urgente e de vida ou morte», já que há agricultores a perderem a capacidade de voltar a produzir, com risco de «desaparecimento do tecido produtivo».

Segundo disse o líder da CAP, além dos furtos de cobre, que geram prejuízos avultados pelos danos que provocam, há um número crescente de furtos de gado, de culturas e até relatos de plantas novas de oliveira e vinha arrancadas numa só noite.

Sublinhando que os furtos que se têm vindo a registar nos campos exigem uma «logística» por parte dos assaltantes – num dos assaltos a um barracão foram levadas num camião todas as alfaias agrícolas, que tiveram que ser levantadas com uma grua, exemplifica -, João Machado considera que o problema só se resolve com patrulhamento.

«Queremos maior fiscalização, uma maior presença de forças, sejam da GNR sejam militares, na rua, e sobretudo durante a noite», afirmou.

Para João Machado, a situação, que já relatou ao primeiro-ministro na reunião da Concertação Social, «é muito grave» e «se não houver segurança (esta actividade económica) vai desaparecer», porque não são situações esporádicas.

«Andam os agricultores o ano inteiro para colher o que cultivaram e quando vão para colher não está lá? Ouvimos relatos todos os dias, o que é grave. Alguma coisa vai ter que ser feita», frisou, advertindo que é preciso evitar «que se chegue às milícias populares».

Segundo disse, já há agricultores a organizarem-se para vigiarem as suas culturas e o gado e, no seu entender, não se pode chegar ao ponto de se ter de ir dormir «de espingardas» para o campo.

«Há uma ameaça interna à segurança dos cidadãos», disse, sublinhando que se a GNR não tem os meios necessários então que se recorra à ajuda do Exército, já que a sensação actual é de «impunidade total».

Se os assaltantes não forem apanhados em flagrante não chegam sequer a ir a tribunal, pelo que no, seu entender, só a presença física das forças de segurança pode travar este flagelo.

Além da exigência de patrulhamento, João Machado admitiu a possibilidade de os juristas da confederação estudarem uma proposta de alteração à lei actual, que, segundo os produtores, não é suficientemente pesada quando se consegue que os assaltantes cheguem a julgamento.


Lusa/SOL
 
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