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Ameaça de greve nos bombeiros de Viana do Castelo

florindo

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Os elementos do corpo de Bombeiros Municipais de Viana do Castelo admitem realizar uma greve se a Câmara não colocar “um ponto final” no “clima de terror” que dizem viver-se na instituição, foi hoje anunciado.

“É um clima de verdadeiro terror que vivemos dentro da corporação, em que não temos, nem sabemos, quem nos defende. Se nada for feito, a greve será uma das hipóteses a colocar em cima da mesa no próximo plenário”, explicou hoje à Lusa Miguel Gramacho, bombeiro de primeira.

Segundo este profissional, também delegado sindical e na corporação há 24 anos, em causa está o “clima de mal-estar” vivido no quartel dos Municipais, desde a criação da figura de Chefe de Divisão da Área da Protecção Civil do Município de Viana do Castelo.

“É um cargo criado pela Câmara no anterior executivo, mas que se sobrepõe ao comandante da corporação. Além disso, é ilegal porque o que diz a lei é que acima do comandante só está o presidente da Câmara, enquanto que aqui temos um elemento no meio”, sublinhou ainda.

E acrescentam: “São dois galos para o mesmo poleiro”.

Os bombeiros acusam o chefe de divisão, antigo Coordenador Distrital de Bombeiros e Proteção Civil, de “perseguir quem não está com ele”, com “listas negras que fomenta, usando a conflitualidade como método de gestão”.

“Este senhor não dialoga, impõe. Não respeita a lei”, acusam os representantes sindicais dos bombeiros, lembrando que “intimida e ameaça quem não concorda com ele e avalia os seus colaboradores como futebolistas de alta competição”.

A título de exemplo, Miguel Gramacho lembra as provas de aptidão física, a realizar em Outubro pelo efectivo de 48 elementos, que acabam de ser instituídas pelo Chefe de Divisão, “sem qualquer tipo de negociação”.

“São exigidos resultados como se fossemos atletas de alta competição e em que a nota mínima é o 14, quando o dez, todos sabemos, já é positivo”, aponta.

Alegam que com a actual situação “não estão a ser criadas condições e métodos de trabalho que provoquem tranquilidade e segurança” no grupo que chefia.

“E quando vamos ter com o nosso comandante, também nada se resolve porque ele diz que tem um superior hierárquico e nada pode fazer”, sublinha Gramacho.

Problemas que, garantem, foram já transmitidos ao presidente da autarquia, mas “sem qualquer desenvolvimento”.

Em plenário realizado a 5 de Julho, o efectivo da corporação decidiu nomear uma comissão de cinco elementos para representar estes bombeiros.

A Lusa tentou obter uma reacção do autarca José Maria Costa, mas este não quis prestar declarações sobre o tema.

Os bombeiros, a única corporação profissional do distrito de Viana do Castelo, aguardam nos próximos dias por uma posição do executivo camarário, para decisão de novas formas de luta.


Lusa / SOL
 
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