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No meio dos distúrbios de Birmingham um homem apressa-se a socorrer as vítimas de um atropelamento, para descobrir que uma das três pessoas atropeladas é o seu próprio filho.
Na terça-feira, Haroon Jahan, Shazad Ali e Abdul Musavir estavam na rua para proteger a comunidade do surto de violência e pilhagens que alastrava a partir de Londres, quando um carro a alta velocidade os atropelou propositadamente.
Presente no local na altura do acidente, o pai de Haroon conta: «o meu instinto foi ajudar as três pessoas, não sabia quem eram ou se estavam feridas. Estava a ajudar o primeiro rapaz e alguém me disse que meu filho estava deitado atrás de mim». E interroga-se: «o homem que o matou atirou o carro que conduzia na direcção de um grupo de pessoas e matou três rapazes. Porque razão faria ele isso?».
O suspeito do crime é um britânico negro de 32 anos, que já foi detido e ouvido pela polícia. Perante o temor de um conflito racial entre as comunidades africana e asiática, o pai de Haroon apelou à calma.
«Negros, asiáticos, brancos, somos todos parte da mesma comunidade. Por que temos de nos matar uns aos outros? Se querem perder o vosso filho, força. Senão, acalmem-se e vão para casa», declarou Tariq Jaha perante uma multidão em Birmingham.
O comandante da polícia local, considerou que o discurso de Jahan «foi uma intervenção decisiva» para que a tensão entre as comunidades africana e asiática diminuísse naquela cidade do centro da Inglaterra.
De acordo com a BBC, mais de 1.500 pessoas foram presas na última semana.
SOL