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Moçambique denuncia crime organizado nas madeiras

florindo

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As Alfândegas de Moçambique dizem ter confirmado ilegalidades na exportação de madeira de primeira classe para a China. O anúncio foi feito sob especiais medidas de segurança devido ao temor de represálias do crime organizado.

O site da Voz da América/VOA noticia que estão envolvidas oito empresas, moçambicanas e chinesas. O anúncio foi feito em conferência de imprensa rodeada de alguns cuidados pelos responsáveis das Alfândegas de Moçambique. Foi solicitado aos operadores de câmara de televisão e fotógrafos que ofuscassem a imagem do oficial das Alfândegas que apresentou o relatório preliminar do processo de investigação do assunto. Apenas ficou registada a sua voz.

Aquele oficial disse aos jornalistas que se «confirmam, no total, 561 contentores, propriedade das empresas Casa Bonita International, Yizhou, Mozambique Trading, Zhen Long International, Tong Fa, Lda, Senyu Lda Chanate Lda e Verdura, todas com registo fiscal nas áreas de Nampula e Nacala».

Segundo a VOA, a madeira estava a embarcar para a China em três navios, designadamente, Latour Cota, Nilam e Barrier, e ficou confirmada a tentativa de exportação pelas empresas Casa Bonita International, Chanate Lda, Tong Fa Lda e Senyu Lda.

O oficial da Alfândegas de Moçambique revelou que foram prestadas declarações nos despachos de exportações das empresas Zen Long International e Yizhou - foi declarada madeira de espécie pau-rosa em lugar de madeira em toros das espécies pau-preto e sândalo. É a primeira vez em Moçambique em que um oficial das Alfândegas ou autoridade do Estado aparece publicamente a dar notícia com este nível de impacto, mas com ordens para lhe ser ofuscada a cara.

As Alfândegas justificaram a medida por questões de segurança, já que no ano passado um oficial da mesma instituição foi assassinado, logo depois de anunciar, também em conferência de imprensa, um esquema de roubo de carros.

Para alguns analistas, ainda segundo a notícia da VOA, este é o sinal de que o Estado moçambicano tem medo do crime organizado. A exportação ilegal da madeira para China é assunto muito antigo em Moçambique, mas os nomes e rostos dos empresários são desconhecidos.

O anúncio de novos desenvolvimentos do caso da madeira de Nacala acontece numa altura em que o presidente Armando Guebuza está em visita oficial na China, procurando investimentos para projectos de desenvolvimento do país.


SOL/Voz da América
 
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