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Fernando Nobre parte para a Etiópia sem saudades da AR

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O ex-deputado Fernando Nobre mostrou-se hoje satisfeito por voltar às acções humanitárias, horas antes de partir para a Etiópia, e disse não ter saudades da Assembleia da República, onde, apesar do pouco tempo em funções, deixou amigos.

Regressado às velhas funções de presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre partiu hoje em missão humanitária para a Etiópia juntamente com uma equipa de mais cinco elementos, entre dois médicos, duas pessoas do departamento de projectos internacionais da AMI, um logístico e um técnico de comunicações.

“É uma missão difícil sim, impossível espero que não, mas vamos sobretudo acorrer a uma situação de grande necessidade. Sabemos que é uma situação recorrente no corno de África. Já estive no Quénia, na Somália, desta vez partimos para a Etiópia porque foi esse o país que escolhemos para intervir”, explicou Fernando Nobre aos jornalistas, no aeroporto de Lisboa.

Admitiu que esta é uma missão diferente da de deputado da Assembleia da República e voltou a justificar que se sente mais útil no “combate” humanitário, tendo em conta “as grandes emergências que se avizinham”.

O pouco tempo em funções como deputado não foi suficiente para deixar saudades, mas Fernando Nobre garantiu não só ter “lá imensos amigos”, como não ter deixado ressentimentos.

“Fui muito claro na carta de renuncia que enviei à minha amiga Assunção Esteves, exactamente os motivos porque o fazia e repito faço porque entendo que os fenómenos que nos esperam, tanto em Portugal, na Europa e no Mundo, exigem mais de mim nestas funções do que como deputado”, explicou.

A missão que agora leva a cabo vai ter a duração de dez dias, em que o objetivo principal é fazer contactos com as organizações e entidades locais para preparar a chegada de uma segunda missão, “focada na assistência médica à população”, essa mais prolongada no tempo.

A equipa de Fernando Nobre vai visitar campos de refugiados na zona sul da Etiópia, na região de Dollo Ado, junto à fronteira com a Somália.

“Esta missão não há-de ter nada igual às outras porque é uma emergência prolongada, não é de instalação rápida, como por exemplo os casos do Sri Lanka e do Haiti, é uma situação arrastada no tempo e que agora se agravou e passou para a lista de prioridades das emergências humanitárias”, explicou à Lusa um dos elementos da equipa.

De acordo com Ivo Saruga, 31 anos, com cerca de meia dúzia de missões cumpridas, as caraterísticas específicas da Etiópia levam a que os mecanismos de coordenação da emergência “sejam bastante complexos”.

“A escassez de recursos é um estado crónico ao qual é difícil dar uma resposta imediata, mas de facto é nessa área que trabalhamos”, acrescentou o voluntário.

O presidente da AMI lembrou ainda que esta é uma zona do globo com a qual Portugal tem relações há mais de 500 anos e lembrou, a propósito, que já D. João II tinha enviado Pêro da Covilhã ao reino de Prestes João, que é hoje a Etiópia.

“A AMI atua no combate à pobreza e à exclusão social em Portugal, mas tem uma visão humanitária global. Acredito que os portugueses compreenderão, intervindo como nós intervimos há 27 anos, estamos a pugnar por uma humanidade mais fraterna e mais solidária e estamos a pugnar por outro modelo de desenvolvimento que tem em conta as pessoas e as suas necessidades”, adiantou Fernando Nobre.


Lusa/SOL
 
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