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PJ apanha homem que raptou e espancou duas mulheres, uma delas grávida
A Polícia Judiciária (PJ) deteve mais um elemento de um «grupo violento» suspeito de dois crimes de rapto agravado, ofensas à integridade física qualificada, ameaças e posse de arma proibida.
A detenção esteve a cargo da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT) e surgiu na sequência de uma operação, em articulação com o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), realizada em Julho passado, refere a PJ em comunicado.
O detido, «para além de ter participado em toda a acção criminosa», é também suspeito de ser o autor de um plano através do qual pretendia extorquir elevada quantia em dinheiro ou obter informação relativa ao paradeiro de um homem que «não cumpriu as regras implementadas pelo grupo criminoso no tráfico de droga».
Para levar a cabo o plano, o grupo recorreu ao rapto da mulher, que estava grávida, e de uma amiga, adiantou fonte da UNCT.
Apesar do estado avançado de gravidez, a mulher e a amiga foram «alvo de bárbaras e violentas agressões», tendo ficado sequestradas enquanto decorriam as negociações para as libertações.
Após a libertação, o grupo manteve «forte coacção» sobre estas, com constantes ameaças, quer contra a sua integridade física como contra a criança que estava para nascer, «criando-lhes um verdadeiro sentimento de pânico e terror» que as levou a fugir de Portugal.
O detido é cidadão estrangeiro e deslocou-se a Portugal para praticar os crimes, indo agora ser ouvido em primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação, que poderão, devido à gravidade dos ilícitos, resultar na sua prisão preventiva.
Lusa/SOL