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“Primeiros números: 11 mártires e 34 feridos”, indica um comunicado do Conselho Militar de Misurata, a grande cidade rebelde situada a noroeste de Sirte, citado pela AFP.
O CNT adiantou que a operação para tomar Sirte, a cidade onde nasceu Khadafi e um dos últimos bastiões do ditador (360 quilómetros a leste de Trípoli), foi lançada em três frentes, na quinta-feira. “Ainda há resistência, mas combatemos para a ultrapassar”, admitiu à agência francesa Fathi Bachaga, um porta-voz militar. Outro responsável não foi tão optimista quando falou com a Reuters; Abdulrahman Busin, também porta-voz do CNT, confirmou que as suas forças estiveram sob “um ataque cerrado. Há um problema particular com os atiradores furtivos”.
Os rebeldes chegaram a anunciar que os seus regimentos já tinham entrado no centro da cidade, “que começaram a passar a pente fino” em busca dos leais a Khadafi, e que controlavam as suas entradas. Segundo a BBC, conseguiram furar as forças lealistas, mas foram depois obrigados a recuar devido a uma forte resistência.
Moussa Ibrahim, a voz do regime deposto, afirmou que os combatentes pró-Khadafi estavam “muito bem preparados” e determinados a “resistir até à vitória, à recuperação da Líbia e à sua libertação total deste projecto de colonização. A batalha está longe de terminada, continuamos com capacidade de resistir e vencer”, declarou à cadeia de televisão Arrai, da Síria. “Temos milhares [de combatentes], armas, munições, dinheiro e legitimidade... e temos milhares de voluntários bem preparados prontos em todas as frentes e determinados. Só nos resta o caminho da vitória”.
A entrada terá sido feita nas zonas Oeste e Sudoeste da cidade, onde resistem ainda brigadas fiéis a Khadafi, confirmou Mohamed Obeid, um responsável militar dos rebeldes. “Os combatentes de Khadafi retiraram-se para o Leste da cidade, onde estão a oferecer uma dura resistência”, adiantou uma fonte que disse estar em contacto directo com a frente de combate.
A ofensiva teve o auxílio militar da NATO, que na quarta-feira atingiu oito alvos na região. Para além de Sirte, também Bani Walid (150 quilómetros a sudeste de Trípoli), Sebha (750 quilómetros a sul da capital) e o oásis de Jufrah (entre Sebha e Sirte) continuam a ser focos de resistência do regime do coronel, deposto em finais de Agosto.
O jornal Guardian escreve que a conquista de Sirte, que os rebeldes dão como certa, será uma vitória para o CNT: é a destruição simbólica da autoridade de Khadafi, ao mesmo tempo que abre a estrada costeira que liga o Leste ao Ocidente do país, permitindo ao CNT movimentar-se entre Bengazi e Trípoli.