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Palestina vai pedir admissão como membro de pleno direito à ONU

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Shtaye, membro do Comité Político da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afirmou que o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, irá solicitar ao Conselho de Segurança que a Palestina se torne membro de pleno direito e “com as fronteiras de 1967”, antes do seu discurso na ONU, previsto para 23 de Setembro.

“A decisão de ir à ONU faz parte de uma estratégia para passar de um marco bilateral de conversações a um marco multilateral”, explicou. “Não é o fim do mundo, mas o abrir de uma janela para o processo de paz”, sublinhou Shtaye sobre uma estratégia que conta com o apoio de mais de 140 países, com a excepção dos EUA, Israel e alguns membros da União Europeia, que consideram uma abordagem de negociações a única solução para o conflito no Médio Oriente.

O negociador palestiniano não vê nenhuma contradição em ir à ONU e as conversações com Israel às quais dizem estar abertos “se houver termos claros de referência”.

Estas opiniões surgem ao mesmo tempo que o Presidente norte-americano, Barack Obama, garantiu que os Estados Unidos “se oporiam firmemente” caso os palestinianos optassem por pedir ao Conselho de Segurança a plena entrada como Estado nas Nações Unidas. “Porque acreditamos que seria contraproducente e não chegaria ao resultado que queremos”, disse. Obama sustenta que recorrer à ONU para o reconhecimento do Estado palestiniano serve apenas de “distracção e não resolveria o problema”.

O Presidente dos Estados Unidos considera que as negociações devem ocorrer entre Israel e a Autoridade Palestiniana, e lamentou que “o problema é que nenhuma das partes está disposta a fazer os compromissos necessários para avançar”.

Direccionar-se para as Nações Unidas “pode ocupar a atenção da imprensa, porém não vai alterar a situação sobre o território a menos que israelitas e palestinianos se sentem e cheguem a um acordo quanto a assuntos como as fronteiras, a segurança, Jerusalém e o regresso” dos palestinianos exilados, acrescentou.

Os palestinianos podem pedir às Nações Unidas através do Conselho de Segurança que os reconheça como Estado pleno – que os EUA vetariam – ou directamente à Assembleia Geral como Estado observador. Na Assembleia Geral poderão contar com o apoio de mais de dois terços dos países, segundo o jornal El Mundo. Barack Obama admitiu que se os palestinianos seguissem a segunda via Washington teria "menos influência no processo”, uma vez que, como qualquer país, os Estados Unidos só têm direito a um voto.

A Autoridade Palestiniana iniciou oficialmente na semana passada sua campanha diplomática para obter o reconhecimento na ONU.
 
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