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China 'está a comprar a Europa'

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China 'está a comprar a Europa'

A China «está a comprar a Europa», replicando a estratégia seguida em África, alerta um estudo europeu divulgado hoje em Pequim.

«Outrora um grande mas distante parceiro comercial, a China também é agora um poderoso actor dentro da própria Europa», afirma o estudo, assinado por três investigadores do European Council on Foreign Relations (ECFR).

A Europa não é uma fonte de matérias-primas, mas «possui tecnologias avançadas que interessam à China» e, além disso, «necessita de dinheiro a curto prazo», o que a China parece possuir em grande quantidade.

Há cinco anos – salienta o estudo – o investimento chinês na Europa somava 1.300 milhões de dólares (948 milhões de euros): em 2011, aquisições de empresas chinesas em Espanha, Hungria e Noruega excederam, cada uma delas, aquele montante, salienta.

Entretanto, um fabricante automóvel chinês, a Gelly, sediado em Hangzhou, leste da China, comprou a Volvo e empresas chinesas de transportes «estão a comprar, alugar ou a gerir portos, aeroportos e bases logísticas através do continente europeu», exemplifica o estudo.

Os autores do estudo – François Godement, Jonas Parello-Plesner e Alice Richard – defendem, contudo, que a Europa «não deve recorrer ao proteccionismo», mas reclamar «reciprocidade».

«A Gelly pode comprar a Volvo, mas a Volvo não poderia comprar a Gelly», observou Jonas Parello-Plesner num encontro com jornalistas e diplomatas na Embaixada da Dinamarca em Pequim, promovido pelo FCCC (Foreign Correspondente Club of China).

O estudo alerta que «enquanto competem uns com os outros para atrair investimentos chineses, os países europeus reduzem a capacidade de negociar colectivamente o recíproco acesso aos mercados chineses».

«Os europeus não devem culpar a China por aproveitar a oportunidade para expandir a sua influência dentro da Europa (…) Devem, antes, unir-se para que as empresas europeias possam competir na China da mesma maneira que as companhias chinesas competem na Europa», preconiza o estudo.

Em 2010, a China tornou-se a segunda maior economia do mundo, ultrapassando o Japão, e as suas reservas em divisas atingiram em Junho passado cerca de 3,2 biliões de dólares (2,34 biliões de euros), mais 30,3 por cento que um ano antes.

Criado em 2007, o European Council on Foreign Relations assume-se como «o primeiro think-tank pan-europeu» e a sua direcção inclui, entre outros, Javier Solana, Emma Bonino Joschka Fischer e Timothy Garton Ash.


Lusa/SOL
 
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