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Adultos estão desactualizados em relação aos perigos da internet para as crianças

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Os adultos estão desactualizados em relação aos reais perigos online para as crianças, revela um relatório europeu a que a Lusa teve acesso que mostra que as crianças não sabem mais do que os pais em matéria de internet.O relatório UE Kids Online é um projecto de investigação da responsabilidade do Programa Internet Segura da Comissão Europeia baseado na Escola de Ciências Políticas e Económicas de Londres. Foram entrevistadas mais de 25 mil crianças e respectivos pais por toda a Europa com o objectivo de perceber onde estão os riscos e as oportunidades na internet.
Os resultados deste relatório, levado a cabo durante o ano de 2010 com entrevistas presenciais a crianças e jovens entre os nove e os 16 anos, estão a ser apresentados em Londres num seminário sobre 'Crianças, riscos e segurança online: Investigação e desafios nas políticas numa perspectiva comparativa'.
O relatório aponta dez mitos em relação à segurança das crianças para mostrar «como o conhecimento de muitas pessoas acerca dos perigos da internet estão desactualizados», revelando, entre outros, que as crianças não sabem mais do que os pais em matéria de internet, poucos criam conteúdos ou vêem pornografia e colocar o computador na sala não resolve o problema.
«Um dos mitos mais comuns é a crença de que colocar o computador na sala de estar da família ajuda a manter os jovens afastados de comportamentos de risco, mas na verdade as crianças conseguem tão facilmente entrar online em casa de um amigo ou através de um ‘smartphone’ que este conselho está desactualizado», defende a equipa de especialistas da UE Kids Online.
Outro erro, apontam, está no facto de os pais acreditarem que as crianças sabem mais do que os adultos acerca do mundo digital, quando apenas um em cada três jovens se mostrou convencido de que sabia mais do que os pais.
O estudo revela, por outro lado, que apenas uma em cada sete crianças viu imagens sexuais na internet no último ano, contrariamente à crença de que os jovens vêem frequentemente pornografia online.
O relatório aponta que a maioria das crianças não cria conteúdos para a internet e revela que 38 por cento das crianças entre os nove e 16 anos têm um perfil nas redes sociais, apesar de a maioria destes sites ter a indicação de que os usuários têm de ter mais de 13 anos.
Os investigadores perceberam, igualmente, que 60 por cento dos jovens que praticam ‘bullying’ online ou offline foram também eles alvo de agressões e que a maioria dos contactos online dos entrevistados são pessoas que eles já conhecem presencialmente.
Apenas nove por cento conheceram presencialmente alguém que tinham conhecido primeiro online, sendo que a maioria não foi sozinha ao encontro e apenas um por cento teve uma má experiência.
Outra ideia desmistificada é que ensinando competências digitais se reduz os riscos online, porque quanto mais competências as crianças tiverem mais probabilidade têm de correr riscos.
De acordo com o relatório, apenas um em cada três jovens entre os 11 e os 16 anos é que consegue alterar os filtros de segurança, contrariando a ideia que os jovens conseguem contornar os filtros instalados.
Outro mito posto em causa é a crença de que os perigos offline migram online, uma realidade que, de acordo com o relatório, «não é necessariamente verdade».


Lsua/SOL
 
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