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Vigília em Lisboa exige libertação de jovens detidos nas manifestações de Luanda

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Vigília em Lisboa exige libertação de jovens detidos nas manifestações de Luanda

Uma vigília será realizada na quarta-feira, em Lisboa, para exigir a libertação dos detidos durante uma manifestação de 3 de Setembro em Luanda, informou hoje um dos organizadores do evento.

«O objectivo fundamental é prestar solidariedade aos jovens que têm estado a manifestar-se em Luanda e exigir a libertação dos que se encontram detidos», declarou hoje à Agência Lusa Jorge Silva, vice-presidente da Associação Solidariedade Imigrante.

«Este será o objetivo central (da vigília), contra a violência que as autoridades angolanas têm estado a exercer sobre os jovens que se têm manifestado, cujo único objectivo é pedir liberdade de manifestação, ter esse direito fundamental», sublinhou Jorge Silva.

Segundo o dirigente associativo, por pedir liberdade de manifestação, «estes jovens têm sido presos, ao contrário do que a MPLA faz com as manifestações que lhes são favoráveis ou em seu apoio».

Além da Associação Solidariedade Imigrante, vão participar na vigília em Lisboa os Amigos do Bloco Democrático em Portugal; a Associação Tratado de Simulambuco – Casa de Angola; o SOS Racismo, e o escritor angolano José Eduardo Agualusa.

A vigília/concentração em Lisboa realiza-se no Largo do Rossio, na quarta-feira, a partir das 17:30 horas (hora de Lisboa).

No dia 03 de Setembro, dezenas de jovens foram detidos durante uma manifestação contra o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos. Dos 21 que foram julgados, 18 foram condenados a penas entre os 45 e os 90 dias de prisão efectiva. Os outros três foram absolvidos.

Outros 27 jovens que haviam sido detidos no dia 08 de Setembro, quando exigiam a libertação dos que estavam a ser julgados, foram todos absolvidos, entre os quais o secretário-geral da Juventude Unida Revolucionária de Angola (JURA), organização juvenil da UNITA, Mfuka Muzemba.

No sábado, outra manifestação pedindo a libertação dos jovens presos aconteceu em Luanda e contou com a participação de cerca de 100 pessoas.

No dia anterior, o MPLA (partido no poder) organizou marchas de apoio ao Presidente angolano em oitos dos nove municípios de Luanda e, segundo os promotores, milhares de pessoas participaram do evento.

Em comunicado, a organização da vigília a realizar em Lisboa frisou que «a manifestação é um direito que assiste a qualquer cidadão e mesmo no regime de José Eduardo dos Santos/MPLA tem cobertura legal».

O regime, prossegue o texto, «não hesita em recorrer sistematicamente a medidas de corrupção, ameaça ou à violência brutal, para impedir qualquer manifestação pacífica dos cidadãos, cortando assim, a possibilidade de os angolanos exercerem este elementar direito».

Segundo o comunicado, os organizadores estão «indignados com a forma violenta com que as autoridades angolanas reprimiram a 03 de Setembro último a manifestação pacífica e autorizada, em Luanda, não poupando sequer os membros da comunicação social, entre os quais os jornalistas portugueses e em solidariedade com os manifestantes injustamente detidos, julgados e condenados pelo regime de José Eduardo dos Santos/MPLA, que assim e mais uma vez de forma violenta, nega aos angolanos o direito a liberdade de manifestação».

«A situação é grave e o silêncio normalmente encoraja os ditadores a banhos de sangue.

Estranhamos a ambiguidade do governo português que prontamente condenou a Líbia de Kadhafi e silencia a violação dos Direitos Humanos em Angola por JES/MPLA», referiu ainda a nota de imprensa.


Lusa/SOL
 
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