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Protecção de Dados arquiva suspeitas sobre TMN no caso das secretas
A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) diz que não houve qualquer violação dos dados do ex-jornalista do Público por parte da TMN, no caso que envolveu a espionagem a Nuno Simas pelo Serviço de Informações Estratégica de Defesa (SIED).
O inquérito à operadora de telemóveis é, por isso, arquivado. Já a investigação à Optimus, a outra operadora usada pelo jornalista, continua.
As conclusões das averiguações feitas à TMN na sequência da publicação pelo Expresso da lista de telefonemas e SMS feitos pelo jornalista - e que terão sido fornecidos à margem da lei às secretas - foram ontem divulgadas no site da CNPD.
A comissão garante que, depois de analisar os acessos à três bases de dados de tráfego existentes naquela operadora, verificou «que não houve qualquer acesso aos dados associados ao número de telefone do jornalista Nuno Simas, no período entre Julho e Setembro de 2010».
Ou seja que não houve «qualquer acesso aos dados, qualquer visualização, alteração, cópia ou extracção ou qualquer outra operação que permitisse que dados do tráfego do jornalista estivessem na posse de terceiros».
A CNPD vai ainda mais longe e garante que «os telefonemas e SMS listados não foram feitos a partir do número de telefone da rede TMN, de que é assinante o jornalista Nuno Simas».
Isto apesar de até agora nenhuma autoridade ter questionado a veracidade da lista divulgada pelo Expresso e que contém quer dados dos contactos do jornalista quer do cartão da Optimus quer da TMN.
SOL