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Jerónimo de Sousa: "Vamos ver o que é que se pretende com o Conselho de Estado"

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Jerónimo de Sousa: "Vamos ver o que é que se pretende com o Conselho de Estado"

O líder do PCP, Jerónimo de Sousa, teme que a convocatória do Conselho de Estado pelo Presidente da República, por causa da situação do país, sirva apenas para "meter o carimbo" à política do Governo.

"Vamos ver o que é que se pretende com o Conselho de Estado, se é apenas para servir de cartório de notário para avalizar aquilo que está a ser feito [pelo Governo] ou se, pelo contrário, [assumirá] uma posição diferenciada, que corresponda àquilo que são as preocupações dos portugueses. Temos dúvidas, a tendência pode ser para que o Conselho de Estado também sirva apenas para meter o carimbo, para avalizar esta política", afirmou esta quinta-feira Jerónimo de Sousa, em Lisboa, no final de uma reunião com a Associação Intervenção Democrática, que faz parte da CDU.

O Presidente da República, Cavaco Silva, anunciou na quarta-feira, durante uma entrevista à TVI, que pensa convocar o Conselho de Estado em Outubro para ouvir os conselheiros sobre a "incidência da situação política, económica e financeira" em Portugal. Num comentário a este anúncio e à entrevista de Cavaco Silva, o secretário-geral do PCP destacou que o Presidente da República não deu na quarta-feira "uma resposta àquilo que são os grandes problemas nacionais", assumindo antes "alguma identificação com os objectivos do Governo e com o programa da troika [da ajuda externa]".

"Teve claramente uma posição de colaboração e não de afirmação como Presidente da República da necessidade de alertar os portugueses para este caminho para o desastre", acrescentou. Sobre a reunião com a Associação intervenção Democrática, Jerónimo de Sousa explicou que serviu, sobretudo, para uma "troca de opiniões sobre o estado actual do país", nomeadamente, as consequências para a economia e para a soberania nacional, "da aplicação e execução do pacto de agressão da troika".

Segundo o líder do PCP houve entre as duas forças políticas uma "convergência de opiniões", considerando que os primeiros cem dias do Governo, que se cumpriram na quarta-feira, se traduziram na "aplicação de medidas dolorosas, com sacrifícios perversos" para os portugueses. "O país andou para trás, é fundamental interromper esta caminhada para o desastre", resumiu.

Também o presidente da Associação Intervenção Democrática, Corregedor da Fonseca, considerou que Portugal atravessa uma "situação gravíssima", criada pelo Governo, e lamentou que não tenham sido tomadas medidas para dinamizar a economia. Corregedor da Fonseca alertou que os "portugueses estão desesperados" e que "a contestação social está em marcha", apelando à participação nas manifestações convocadas pela CGTP para o próximo sábado.


C.da Manha
 
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