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Guimarães 0 - Sporting 1 : Vermelho não pára este leão solidário

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Mar 2, 2007
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O ânimo é enorme, a confiança imensa e não anda longe da verdade quem disser que, neste momento, é muito difícil travar este Sporting. Mesmo com o desgaste do jogo de quinta-feira com a Lázio, em que esteve 40' em inferioridade numérica, devido à expulsão de Insúa aos 50', a equipa foi praticamente a mesma em Guimarães - salvo a natural entrada de Elias no onze, para a já previsível saída de Matías Fernández -, onde os leões se viram na contingência de ter de jogar só com dez... por uma hora. O vermelho a Rinaudo, aos 22', deixava a obrigação aos jogadores de fazer das tripas coração e foi com disponibilidade e solidariedade inigualáveis que o Sporting fintou a inferioridade numérica - a qual por largos períodos, nem se fez sentir - confirmou a superioridade sobre o adversário e manteve a vantgem entretanto já conseguida, segurando um triunfo que, por toda a conjuntura, vale... ouro.

O moral está em alta e compensa o eventual cansaço acumulado do onze "descoberto" por Domingos há cinco jogos, em Paços de Ferreira - onde os leões encontraram o trilho das vitórias. Ontem, resgataram a sexta, recorrendo a uma capacidade de sacrifício e de entreajuda inultrapassáveis. Mas antes, adoptaram a fórmula que fez nascer a dinâmica de vitória no emblema de Alvalade: entrar a ganhar. Foi Capel, logo aos 8', a abrir a contagem, num disparo sem defesa, com Wolfswinkel no meio a atrair as atenções vimaranenses. O Guimarães jogava num 4x2x3x1 desarticulado - quantos passes transviados... -, presa fácil para um Sporting muito forte na transição, ocupação de espaços, marcação, pressão, articulação ofensiva. Em lance dividido a meio-campo, aos 22' Rinaudo faz falta sobre Maranhão e não deixa dúvidas a... Bruno Paixão, que puxa do cartão vermelho directo, numa decisão duvidosa, questionável, que deixava a equipa obrigada a sujeitar-se a nova inferioridade numérica, agora por uma hora.

O Sporting não acusou o toque. Sem o trinco argentino, Schaars e Elias revesavam-se no apoio ao ataque e cobertura defensiva, oferecendo a ilusão que não havia mais um jogador do outro lado. Era certo que, mais tarde ou mais, nem só de ânimo poderia viver o fôlego dos leões e a factura acabaria por ter de ser paga, mas Rui Vitória decidiu não perder tempo e precipitar o esboço de reacção vimaranense: aos 34' fez entrar Barrientos para o lugar de Freire, fazendo recuar El Adoua para o eixo defensivo, o que resultou em pouco mais que nada. O Sporting continuava a dominar até ao intervalo, apesar de jogar com dez.

No arranque da segunda parte, lançou Soudani em vez de Faouzi e passou a jogar em 4x4x2, enquanto Domingos fazia entrar André Santos para ocupar o miolo com Schaars, fazendo derivar Elias para a direita, de onde saíra Carrillo, incapaz de interpretar o apoio defensivo pretendido, levando o técnico a exasperar.

A reacção vimaranense ganhava outra dimensão, a concentração e solidariedade dos leões tapavam os caminhos da baliza de Rui Patrício - Wolfswinkel, por exemplo, muito desamparado na frente de ataque, apoiou por diversas vezes os companheiros da defesa.

Capel, que, viria a confirmar-se, decidira o jogo, ressentiu-se, como já sucedera em Zurique e, como na Suíça, deu o lugar a Evaldo, que entrou para a lateral-esquerda, fazendo subir Insúa para o meio-campo. Por esta altura, porém, esfumavam-se já os preceitos tácticos, sendo o Sporting um bloco coeso, de entreajuda total e permanente.

Aos 72', Vitória jogou tudo por tudo: fez sair Renan, médio de cobertura, para lançar Toscano, médio de pendor mais ofensivo. Domingos respondeu com a entrada de Carriço para a frente da defesa - tal como frente à Lázio, para segurar a vantagem. A coesão, espírito de sacrifício e entreajuda de um leão que juntou estes argumentos ao futebol envolvente e entusiasmante a que deu continuidade enquanto possível - até ao intervalo - premiou o crónico candidato que se recusa a ser posto fora da luta pelo título por opiniões alheias e que vai contrariando a cada jogo que passa. O ânimo venceu o cansaço, o triunfo foi celebrado efusivamente: por ser num terreno tradicionalmente difícil, apesar de não ter sido perante um adversário particularmente forte - o Guimarães só pode crescer, porque o que fez ontem foi manifestamente insuficiente -, mas também por não perder terreno na perseguição da liderança, segurando a conquista dos três pontos em circunstâncias particularmente adversas: sem o pêndulo Rinaudo e com 108' com menos um.

"JG"
 
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