Novo aeroporto de Lisboa não vai avançar

Plano do Governo para os Transportes inclui suspensão do novo aeroporto e fusão de várias empresas públicas de transportes.

Álvaro Santos Pereira apresentou hoje os princípios orientadores do Plano Estratégico dos Transportes (PET), que incluem a fusão de empresas públicas de transportes. Na agenda do Governo está a fusão entre a Transtejo e a Soflusa, para dar origem à Transtejo e entre o Metro do Porto e a STCP, para originar a Empresa de Transportes do Porto.

Neste âmbito, o ministro da Economia falou ainda da necessidade de controlar investimentos, "que só avançarão se aumentarem a competitividade", e também "a venda de activos para travar a insustentabilidade do sector". Nas palavras do responsável avançará ainda "uma integração tarifária e a alteração do papel do Estado".

No que diz respeito ao transporte ferroviário, Álvaro Santos Pereira apresentou a intenção do Governo de reformar o programa "Portugal logístico", avançar com a reestruturação da CP Carga e sua privatização, e desenvolver ligações ferroviárias entre os portos portugueses e a Europa.

Quanto aos tranportes aéreos, o ministro reiterou a intenção de privatizar a TAP, e informou que é propósito do Executivo "rever os pressupostos que levaram à proposta de construção do novo aeroporto", que será suspenso, porque "não é possível avançar com o projecto".

Nesta mesma área, outras das propostas apresentadas pelo responsável recaem na rentabilização dos investimentos realizados na Portela, e na necessidade de "encontrar um destino para as companhias low-cost".