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Brasileiras são barriga de aluguer de portuguesas

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Set 22, 2006
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É cada vez mais brasileiras a oferecerem-se para alugar o útero a casais portugueses desesperados a quem a natureza trocou as voltas.
«É simples: falamos a mesma língua, é fácil entendermo-nos», diz Gisele, de Belo Horizonte, mãe de um bebé de 11 meses. «Ao mesmo tempo, o país fica noutro continente. As probabilidades de voltar a encontrar o casal são muito reduzidas».
Desempregada desde que teve um filho, para carregar o bebé de outras pessoas cobra 100 mil reais (cerca de 40 mil euros) – metade no início da gravidez, a outra metade no fim. Não anda longe do preço médio praticado: entre 50 a 100 mil euros.
Enquanto a lei não evolui em Portugal, os negócios entre brasileiras e casais portugueses, hetero ou homossexuais, vão-se sucedendo.
Os médicos confirmam que há cada vez mais casais a quererem experimentar este método, nomeadamente em países europeus onde esta prática é legal. «Já recebi vários e-mails, de casais hetero e homossexuais, que recorreram à maternidade de substituição na Grécia ou em Inglaterra, onde é permitido» – revela o presidente da Comissão Nacional de Ética da Ordem dos Médicos, Miguel Oliveira da Costa, acrescentando: «Em todos os e-mails, os casais lamentavam o facto de não existir essa possibilidade em Portugal».
Esta situação leva os casais a recorrerem cada vez mais a negócios ilegais. Não é difícil encontrar forma de o fazer. Uma simples busca no Google revela sites e fóruns onde mulheres – brasileiras, na sua maioria – se oferecem para ajudar casais a concretizar o sonho de ter filhos. «Nas últimas semanas, tenho sido procurada por imensos casais portugueses. Querem informar-se», diz a brasileira Regina, que decidiu ser mãe de aluguer porque, além de uma filha de cinco anos, tem de cuidar da mãe reformada.
Apesar de também ser proibida a maternidade de substituição no Brasil (excepto nos Estados de São Paulo e de Minas Gerais) entre pessoas sem laços de parentesco, e sempre sem contrapartidas financeiras, há «imensas clínicas que facilitam», desde a fertilização in vitro ao parto. «No Brasil, sempre tem um jeito», garante, por seu lado, Gisele. «Só é preciso arranjar um médico cúmplice», explica.
Por isso, na maioria dos casos, são os portugueses que vão ao Brasil, onde é feito o parto e, com a conivência dos profissionais, o recém-nascido é registado como sendo filho do casal que alugou a barriga. Muitas brasileiras querem que as pessoas com quem fazem os negócios passem os nove meses no Brasil. E apostam em mostrar que são de «confiança» – palavra usada pela maioria que oferece o ventre.
Maria, de 29 anos e mãe de três filhos, quer receber os futuros pais na sua casa e apresentar-lhes o marido, que está de acordo com a opção. E sugere que os casais aluguem uma casa onde ela vive, no Ceará.
É que todo o processo de aluguer de barriga, garantem as mulheres, é mais fácil do lado de lá do Atlântico. Alexandra diz mesmo que conhece «um ginecologista que faz todo o pré-natal em nome da mãe 'de verdade'».
Depois do parto, numa clínica particular, o bebé já sai com o nome da mãe que pagou. «É só registar. Sem qualquer problema». Para viajar para Portugal, o recém-nascido ganha na embaixada um passaporte e nacionalidade luso-brasileira.
Mas há quem prefira ir ao país de origem dos futuros 'pais'. É o caso de Alexandra, de 36 anos: «Não tenho nada que me prenda. E meus filhos sabem o que eu quero fazer. Além disso, eu adorava conhecer Portugal».


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