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Na África do Sul exige-se: 'Basta de crime' depois do triplo assassinato de portugues

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Na África do Sul exige-se: 'Basta de crime' depois do triplo assassinato de portugueses

Centenas de residentes do bairro de Walkerville, a sul de Joanesburgo, marcharam hoje contra a criminalidade violenta e prestaram homenagem aos três membros de uma família portuguesa assassinada no local há uma semana.

«Basta de Crime» e «Walkerville está farta de homicídios e crimes sem sentido» foram algumas das mensagens transmitidas pelos residentes em faixas empunhadas por homens, mulheres e crianças de todas as raças que marcharam pelas ruas principais deste subúrbio, com paragens em locais onde foram recentemente assassinados residentes no bairro.

À entrada da propriedade com o número 61 da rua Kliprivier, onde a 1 de Outubro foram brutalmente assassinados António Viana, de 50 anos, a mulher Geraldine, de 46, e o filho Amaro, de 13, os manifestantes depositaram ramos de flores, muitos com mensagens.

«Porquê toda esta violência, porque é que não se limitam a roubar o que querem e a fugir sem matar nem torturar ninguém? É esta brutalidade que não se entende. A prisão ou a pena de morte [que não existe na África do Sul] não são punição bastante», desabafou uma residente de origem portuguesa que se identificou como Maria, quando depositava flores no portão da família assassinada.

Dois dos suspeitos dos homicídios dos três membros da família Viana foram detidos e já constituídos arguidos, na sexta-feira, no Tribunal de Vereeniging, a comarca que abarca Walkerville e De Deur.

Após esta paragem, os manifestantes deslocaram-se para outro local do bairro de Walkerville onde em Março foi assassinada durante um assalto uma mulher que geria, com o marido, uma empresa de viveiros de peixes ornamentais.

«Ainda hoje me debato com a angústia de aceitar a morte da minha mulher. Não tínhamos cá dinheiro nenhum, eles não levaram nada, não lucraram absolutamente nada com o assalto, e balearam-na a sangue-frio sem haver necessidade», disse à agência Lusa Mário Wilkin, marido da vítima. Os autores dos disparos que vitimaram a mulher nunca foram capturados.

A marcha, que foi pacífica e contou com a presença de agentes da polícia e membros da força de polícia comunitária da área de Walkerville, prolongou-se por cerca de duas horas e cobriu mais de cinco quilómetros.

Numa altura em que, a nível nacional, as estatísticas da criminalidade violenta apresentam melhorias significativas, os moradores de Walkerville mostram-se disponíveis para lutar contra a insegurança.

«Vamos travá-la com a polícia, com o governo, mas acima de tudo contando com todos, como se comprova pelo crescente número de voluntários que aderem às patrulhas da polícia comunitária», disse um dos participantes na marcha.


Lusa/SOL
 
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