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ONU apresenta o cidadão sete mil milhões

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ONU apresenta o cidadão sete mil milhões

A população mundial demorou 123 anos a passar de mil milhões para dois mil milhões de pessoas, mas na segunda-feira o planeta atingirá sete mil milhões de habitantes, apenas 12 anos depois de ter chegado aos seis mil milhões.

A previsão é do relatório sobre a Situação da População Mundial 2011, do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), divulgado hoje.

O aumento populacional tem sido imparável nas décadas mais recentes. O mundo contava mil milhões de habitantes em 1804 e esse número só duplicou em 1927. Apenas 32 anos depois já se contabilizavam três mil milhões de pessoas no planeta e desde então o intervalo não parou de se estreitar: Quatro mil milhões em 1974, cinco mil milhões em 1987, seis mil milhões em 1999, sete mil milhões de habitantes em 31 de Outubro de 2011, 60 por cento dos quais na Ásia.

Uma das previsões para dentro de 15 anos é a Índia ultrapassar a China como país mais populoso do mundo, devido à diferença do número médio de filhos - 1,6 na China e 2,5 na Índia.

Apesar de diversos dados se revelarem contraditórios, com as mulheres a gerarem menos filhos à escala global, os registos populacionais continuam em ascensão, assinala o estudo, até uma estabilização nos cerca de 9,1 mil milhões de habitantes em 2050.

À recente evolução demográfica não escapa outro paradoxo, identificado pelo relatório da ONU: a população humana está, na generalidade e em simultâneo, mais velha e mais nova, em comparação com as últimas décadas.

Nos países mais pobres, as elevadas taxas de fecundidade impedem o desenvolvimento e perpetuam a pobreza, enquanto em diversos dos países mais ricos as baixas taxas de natalidade e um défice de pessoas no mercado de trabalho podem comprometer as perspectivas de desenvolvimento económico sustentado e a viabilidade dos sistemas de segurança social.

Estas contradições merecem destaque no estudo sobre a população mundial em 2011, que refere também que enquanto a falta de mão-de-obra ameaça bloquear as economias de diversos países industrializados, os desempregados dos países em desenvolvimento com possibilidades para imigrar deparam-se com fronteiras nacionais quase intransponíveis.

Em paralelo, a diferença entre ricos e pobres continuou a ampliar-se em quase todos os países do mundo.

Assim, o relatório sobre a Situação da População Mundial em 2011 optou por analisar estes paradoxos a partir de experiência individuais, por pretender divulgar os «desafios da vida real» num planeta com sete mil milhões de pessoas.

O método consistiu na elaboração de um «relatório de campo» que envolveu nove países – China, Egipto, Etiópia, Finlândia, Índia, México, Moçambique, Nigéria e Antiga República Jugoslávia da Macedónia (FYROM).

Em todos os países desenvolvidos ou em desenvolvimento foi detectada uma migração dos mais jovens das áreas rurais em direcção às cidades, acompanhada por um envelhecimento da população.

Situada nos 48 anos na década de 1950, a esperança de vida aumentou para 68 anos na primeira década do século XXI. Em simultâneo, a mortalidade infantil registava um repentino recuo à escala global (133 óbitos por cada 1.000 nascimentos na década de 1950, para 46 em cada 1.000 entre 2005 e 2010.

Em paralelo, a taxa de fecundidade feminina registou uma quebra histórica, de seis para 2,5 filhos por mulher. Um fenómeno suscitado por uma «complexa combinação de forças sociais e culturais», incluindo o «maior acesso das mulheres à educação», apesar de subsistirem as «disparidades de direitos e oportunidades» entre homens e mulheres, diz o estudo.

O relatório da ONU conclui em tom optimista e aponta alguns caminhos como um «planeamento e investimentos correctos nas pessoas» num mundo de sete mil milhões, que possam garantir cidades «prósperas e sustentáveis», forças de trabalho «produtivas», populações jovens empenhadas no progresso económico e social, e uma geração de «idosos saudáveis» e também envolvidos nas suas comunidades.

Mas o texto não deixa de alertar que o objectivo de atingir uma «população estável» é condição decisiva «para o desenvolvimento e rápido crescimento económico».


Lusa/SOL
 
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