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Pai rapta assassino da filha para que seja condenado passados 29 anos

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RoterTeufel

Visitante
Kalinda morreu em 1982
Pai rapta assassino da filha para que seja condenado passados 29 anos

O Tribunal de Paris condenou a 15 anos de prisão no passado sábado o médico alemão que, em 2009, foi raptado por um pai que o considerava assassino da sua filha.

Dieter Krombach foi considerado culpado pela morte da sua enteada, Kalinda Bamberski, mas sempre se declarou inocente.

A morte de Kalinda remonta ao ano de 1982 quando ela foi passar férias a casa do padrastro em Lindau (Alemanha) e apareceu morta na sua cama. A autópsia foi inconclusiva mas Krombach admitiu que injectou na jovem Kobalt-Ferrlecit, um medicamento para a ajudar a ficar bronzeada rapidamente.

Na autópsia, presenciada pelo médico, foram várias as evidências ignoradas: existiam marcas de violência na vagina de Kalinda e um líquido esbranquiçado que não foi analisado. Krombach injectou vários produtos no corpo da jovem quando esta já estava morta e uma segunda autópsia revelou que o aparelho genital da rapariga tinha sido retirado integralmente.

Estes dados fizeram com que André Bamberski, pai de Kalinda, suspeitasse do médico e fizesse de tudo para descobrir a verdade e fazer justiça.

A polícia francesa determinou a acusação de Krombach mas as autoridades alemãs recusaram extraditar o médico que foi julgado à revelia em 1995 e condenado a 15 anos de cadeia, sentença que foi anulada porque a lei francesa não permitia julgamentos à revelia por ofender a convenção europeia dos direitos do homem.

Em 1997 o médico foi novamente condenado com pena suspensa-desta vez por drogar e violar uma paciente de 16 anos- e caíram sobre ele outras acusações de violação mas não existiam provas, e em 2006 ficou preso dois anos por fraude e exercício ilegal de medicina.

André Bamberski decidiu então fazer justiça com as próprias mãos: em 2009 mandou raptar o médico, que apareceu amarrado e amordaçado à porta do ministério público na cidade francesa de Mulhouse e foi preso.

O seu país tentou levá-lo para casa mas França mostrou-se intransigente, e Krombach foi condenado, presencialmente, a 15 anos por homicídio involuntário, segundo imprensa internacional.

O pai de Kalinda enfrenta agora um julgamento por rapto, o que não o preocupa pois conseguiu, finalmente, fazer justiça pela própria filha.


C.da Manha
 
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