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Uncharted 3: Drake's Deception

eta_frost

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26.Out.2011 15:00
Parece um filme mas é um jogo!



A série Uncharted sempre se focou numa boa mistura de narração, jogabilidade e proeza tecnológica. Uncharted 3 não é exceção e, excluindo uma particular sequência que envolve cavalos (vamos tentar manter esta crítica o mais segura possível para não revelar o enredo) tudo parece polido até ao limite.

O jogo anterior era fantástico e um grande salto em frente em relação ao primeiro Uncharted. Drake’s Deception não dá o mesmo salto evolutivo a nível gráfico, provavelmente porque a margem de manobra das capacidades da PlayStation 3 está a ficar mais curta, mas o jogo brilha de tal forma que nos questionamos se seria possível levar a consola da Sony a fazer mais que isto.

A história deste capítulo inicia-se com a misteriosa duração de uma das viagens de Sir Francis Drake. Nathan e Sullivan concluem que Sir Francis não poderia ter demorado tanto tempo no percurso de uma das suas explorações a menos que algo tenha sido ocultado do relato da viagem, levantando-se a questão se o antepassado de Nathan teria ou não descoberto alguma coisa no deserto.

Inicia-se assim a busca pela Atlântida das Areias, que leva Nathan a variados locais no globo, abrindo com uma citação do próprio Lawrence da Arábia e seguindo as pistas deixadas para trás por Sir Francis Drake. Rapidamente, a busca pela cidade perdida torna-se numa corrida entre o grupo de heróis e a equipa de vilões, liderada pela fria e calculista Katherine Marlowe, que deseja usar os segredos escondidos no deserto para dominar o mundo.

Que ninguém se engane. Uncharted 3 está repleto de clichés e personagens secundárias que nem sempre acrescentam muito à história, mas resultam na perfeição. A Naughty Dog deu carne e osso a Nathan Drake ao longo da saga e tudo se continua a ligar ao Nathan que conhecemos dos episódios anteriores.

Não vamos encontrar aqui um enredo ao nível do melhor que se faz no cinema, mas garantimos que está acima de muitos blockbusters, com personagens multidimensionais e vilões que se movem nos bastidores da sociedade, preferindo usar jogos psicológicos para dominar os adversários. O nosso herói é forçado a avaliar os seus próprios limites, o seu egocentrismo e a sua obsessão pelos mistérios deixados para trás por Sir Francis Drake, numa viagem que o vai levar a equacionar o que é realmente importante. Até os momentos mais “lamechas”, que poderiam originar inevitáveis rolares de olhos no cinema, são recebidos com um sorriso tal é o excelente cuidado com que são introduzidos no argumento.

O jogo, desde os primeiros minutos, agarra o portador do comando (e quem esteja ao lado a ver) e raramente permite que a atenção divague para fora do ecrã. O encaixe sequência jogável / cutscene / sequência jogável está apurado ao limite, sem atropelos nem momentos de desinteresse.

Quando não está a narração a brilhar, está o poderoso motor de jogo a prender a atenção. Drake mexe-se fluidamente e interage com (quase) tudo o que lhe aparece pela frente. Os efeitos de luz são particularmente bem conseguidos, e a tentação de colocar Nathan por baixo de um raio de sol que entra por uma fresta de um telhado destruído é irresistível. Os planos de câmara ajudam a tornar real a dimensão de alguns obstáculos e os efeitos ambientais como a água, fogo e areia são muitas vezes utilizados de tal forma que cortam a respiração. Tudo dá ideia de ser palpável.

As sequências de ação e tiroteio são equilibradas e difíceis q.b., punindo os mais aventureiros que querem dar uso ao melhorado sistema de combate corpo a corpo e não planeiam convenientemente o plano de ataque. Não é habitual uma sequência tornar-se frustrantemente difícil, sendo o jogo amigo o suficiente para fazer o jogador perceber que está a usar a abordagem errada a um particular grupo de inimigos.

Os momentos de exploração são mais uma vez um dos pontos altos da série. Nathan escala, salta, balança em cordas e contorna obstáculos com uma agilidade digna de um campeão olímpico. Os momentos de resolução de puzzles são muitas vezes pontuados com um verdadeiro sentimento de descoberta quando se compreende qual a solução para um qualquer enigma que o jogo nos apresenta.

O jogo brilha na união de todos estes elementos e cria uma experiência em que a soma das suas partes roça a perfeição. Os caminhos que Nathan encontra para escalar fazem perfeito sentido no cenário, os inimigos não são propriamente parvos e a inteligência artificial consegue muitas vezes flanquear-nos num sítio que pensávamos ser perfeitamente seguro. A história é suficientemente coesa e o combate é gratificante. Quando achamos que o número de inimigos que estamos a enfrentar é absurdo, o próprio Nathan o verbaliza com um “isto está a tornar-se ridículo!”, o que só ajuda a que nos identifiquemos ainda mais com a personagem.

Momentos de grandiosidade heróica em que achamos que Nathan é um super-homem capaz de derrotar todos e sobreviver a tudo, são genialmente rematados com momentos de desespero que trazem Nathan de volta à terra e à sua própria mortalidade. Sucessivamente somos confrontados com fugas quase em género “Missão Impossível” que terminam em desorientação extrema e na fragilidade humana de “Lado Selvagem” (“Into The Wild”).

O tratamento português das vozes de Uncharted 3 está ao nível dos anteriores, e embora pontualmente pareça um pouco forçado, resulta bastante bem embora não esteja ao nível da versão original.

O modo multijogador também regressa com novidades. A Naughty Dog olhou para a componente online e adicionou uma série de mecanismos que podem alterar o percurso de uma partida em rede num piscar de olhos, com a equipa que estava a perder a ganhar vantagem súbita e a equilibrar o jogo.

Isto ajuda à sensação de justiça sem nunca atropelar na totalidade a vantagem de quem controla realmente bem a mecânica de combate. Acima de tudo, a componente online – e também a cooperativa – ajudam a estender a longevidade do título após a narrativa de cerca de 9 horas do modo história ter sido concluída, e as melhorias tornam os modos complementares variados e frescos a cada iteração.

No fundo, Uncharted 3: Drake’s Deception é um trabalho feito com atenção e carinho e um marco na PlayStation 3. Embora o salto tecnológico que marcou a diferença entre Uncharted 1 e Uncharted 2 não se verifique em Uncharted 3, está tudo tão oleado e polido que vai ser difícil não olhar para trás daqui a uns anos e usar este jogo como exemplo do que esta geração de consolas foi capaz de trazer. @ Bruno Malveiro

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metecabo

GF Prata
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Boas a todos alguem me ajuda numa PSP2 a ler dvd filmes gravados?

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