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RoterTeufel
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Rio de Janeiro: Segundo o chefe do tráfico da Rocinha
Dinheiro da droga pagava polícias
Metade dos milhões arrecadados com o tráfico de droga na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, a maior do Brasil, ia para o bolso de polícias corruptos em troca de imunidade para os criminosos.
A informação foi fornecida à Polícia Federal pelo chefe do tráfico Francisco Bonfim Lopes, de 35 anos, conhecido por ‘Nem’, detido quinta-feira ao tentar fugir da Rocinha no porta-bagagens de um carro.
‘Nem’, que facturava aproximadamente 50 milhões de euros por ano, contou que só conseguia manter o lucrativo negócio ilegal porque na sua folha de pagamentos havia um grande número de agentes da Polícia Militar (Segurança Pública) e da Polícia Civil (Judiciária), que lhe exigiam ‘luvas’ fixas, cada vez mais elevadas, para não desencadearem operações contra a sua organização. Ainda segundo o traficante, além dos pagamentos mensais, cujo valor variava consoante a patente ou o cargo dos polícias, eles faziam-lhe outras extorsões, e havia meses em que ficavam com todo o lucro.
Com a prisão de ‘Nem’, as forças de segurança intensificam a luta contra os traficantes. Ontem, numa operação contra fugitivos da Rocinha, a polícia fez uma incursão na favela Vila Vintém, na zona oeste do Rio, onde matou um suspeito e prendeu dez, um deles alegado chefe da segurança de ‘Nem’.
A Rocinha continuava ontem cercada pela polícia, que poderá ocupar de forma definitiva, já amanhã, com a ajuda dos militares, a enorme favela carioca.
C.da Manha
Dinheiro da droga pagava polícias
Metade dos milhões arrecadados com o tráfico de droga na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, a maior do Brasil, ia para o bolso de polícias corruptos em troca de imunidade para os criminosos.
A informação foi fornecida à Polícia Federal pelo chefe do tráfico Francisco Bonfim Lopes, de 35 anos, conhecido por ‘Nem’, detido quinta-feira ao tentar fugir da Rocinha no porta-bagagens de um carro.
‘Nem’, que facturava aproximadamente 50 milhões de euros por ano, contou que só conseguia manter o lucrativo negócio ilegal porque na sua folha de pagamentos havia um grande número de agentes da Polícia Militar (Segurança Pública) e da Polícia Civil (Judiciária), que lhe exigiam ‘luvas’ fixas, cada vez mais elevadas, para não desencadearem operações contra a sua organização. Ainda segundo o traficante, além dos pagamentos mensais, cujo valor variava consoante a patente ou o cargo dos polícias, eles faziam-lhe outras extorsões, e havia meses em que ficavam com todo o lucro.
Com a prisão de ‘Nem’, as forças de segurança intensificam a luta contra os traficantes. Ontem, numa operação contra fugitivos da Rocinha, a polícia fez uma incursão na favela Vila Vintém, na zona oeste do Rio, onde matou um suspeito e prendeu dez, um deles alegado chefe da segurança de ‘Nem’.
A Rocinha continuava ontem cercada pela polícia, que poderá ocupar de forma definitiva, já amanhã, com a ajuda dos militares, a enorme favela carioca.
C.da Manha