• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Suspeito de rapto de Rui Pedro julgado na quinta-feira

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
Suspeito de rapto de Rui Pedro julgado na quinta-feira


O tribunal de Lousada começa na quinta-feira a julgar Afonso Dias, acusado do rapto de Rui Pedro, a criança desaparecida há mais de 13 anos, tendo sido marcadas sessões até 14 de Dezembro.

Neste processo, a família de Rui Pedro arrolou cerca de 70 testemunhas e a defesa do único arguido cerca de uma dezena.

A decisão instrutória do processo determinou, no dia 06 de Junho, que Afonso Dias, de 35 anos, o único arguido, devia ser submetido a julgamento por haver «indícios e sinais objectivos» da prática de um crime de rapto qualificado.

No despacho de pronúncia, datado de 6 de Junho, o magistrado Jorge Moreira Santos considerou que as provas que constam da acusação indiciam que o arguido «criou, de forma enganosa», condições para conduzir Rui Pedro, então com 11 anos, à freguesia de Lustosa para se encontrar com uma prostituta.

O juiz baseou-se nas declarações de algumas crianças que disseram ter visto Rui Pedro a falar, nas proximidades da Escola Secundária de Lousada, com o arguido no dia do desaparecimento.

Na acusação do caso Rui Pedro sustenta-se a «forte probabilidade» de Afonso Dias, então com 21 anos, ter conduzido o menor para um encontro sexual com prostitutas.

Depois disso, Rui Pedro (que desapareceu no dia 4 de Março de 1998) nunca mais foi visto, apesar das diligências que se estenderam pelo estrangeiro e contaram com a colaboração da Interpol.

Durante o debate instrutório, o procurador Vítor Magalhães admitiu que as investigações ao caso Rui Pedro «decorreram com ansiedade», prevalecendo actualmente os sentimentos de «frustração e angústia» nos que trabalharam no processo.

No final da leitura do despacho de pronúncia, Filomena Teixeira, mãe de Rui Pedro, disse esperar que no julgamento de Afonso Dias «a justiça possa descobrir» o que aconteceu ao seu filho.

«Espero que possam surgir novas provas», afirmou.

O advogado da família da criança desaparecida, Ricardo Sá Fernandes, disse à Lusa acreditar que «neste novo passo [julgamento], em que se abre um novo ciclo, se possa vir a saber o que aconteceu ao Rui Pedro».

A defesa ainda não decidiu se o único arguido do processo vai falar em audiência de julgamento.

Paulo Gomes, advogado de Afonso Dias, considerou que não há, no processo, provas suficientes que justifiquem a realização do julgamento, reafirmando a inocência do seu cliente.


Lusa / SOL
 

florindo

Administrator
Team GForum
Entrou
Out 11, 2006
Mensagens
38,987
Gostos Recebidos
347
Advogado espera que arguido ajude a localizar Rui Pedro

Advogado espera que arguido ajude a localizar Rui Pedro


O advogado da família da criança de Lousada que desapareceu no dia 4 de Março de 1998 espera que o único arguido no julgamento, que começa na quinta-feira, ajude a localizar o Rui Pedro.

«Quem tem a chave desse assunto é o Afonso», disse à Lusa Ricardo Sá Fernandes, referindo-se Afonso Dias, o homem de 35 anos que está acusado do crime de rapto qualificado de Rui Pedro, a criança desaparecida há 13 anos.

O advogado disse não saber se o arguido vai falar em audiência de julgamento, mas adiantou que ao longo do processo tem feito «sucessivos apelos para que ele [arguido] ajude os pais a saber o que aconteceu ao filho».

«O que os pais esperam é que ele ajude a localizar o Rui Pedro e a perceber o que aconteceu naquele dia terrível», insistiu Ricardo Sá Fernandes.

O julgamento de Afonso Dias foi decidido em Junho depois de o juiz de instrução criminal, no âmbito do debate instrutório, ter concluído haver «indícios e sinais objectivos» da prática de um crime de rapto qualificado.

No entanto, a defesa de Afonso Dias tem uma opinião diferente sobre o processo, e está convicta que, durante a audiência, «vai ser possível demonstrar que o arguido é inocente».

O advogado Paulo Gomes reafirmou que este processo nem devia ter chegado à fase de julgamento, discordando da decisão instrutória.

Para o jurista, as provas que sustentam a acusação não são sequer suficientes para justificar que «o processo chegasse a uma fase tão avançada».

«Já que assim foi, é a forma de, uma vez por todas, ficar demonstrado que ele não tem qualquer culpa no trágico desaparecimento do Rui Pedro», afirmou à agência Lusa.

Questionado sobre se o arguido vai falar em audiência, o causídico lembrou que Afonso Dias já falou noutras fases do processo, mas não se decidiu ainda se o vai fazer no julgamento.

«Estão todas as hipóteses em aberto. Não há nenhuma decisão se falará no início, no fim ou não falará», disse.

O advogado prevê um julgamento com muitas sessões, mas mostrou-se satisfeito por o tribunal ter optado por datas muito próximas.

«Está assegurada pelo tribunal a continuidade do julgamento e da produção da prova», anotou.

Na agenda deste julgamento constam, para já, nove sessões, a primeira das quais na quinta-feira e a última no dia 14 de Dezembro.


Lusa / SOL
 
Topo