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Ex-director da Galp diz que andou 4 meses com Mercedes de Godinho

florindo

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Ex-director da Galp diz que andou 4 meses com Mercedes de Godinho


António Paulo Almeida Costa, antigo director de relações institucionais da GALP, confirmou hoje em tribunal que durante quase quatro meses andou com o Mercedes topo de gama de Manuel Godinho, o principal arguido do processo Face Oculta.

«Foi um empréstimo.

Sou apaixonado por carros», justificou o ex-director da Galp Energia, afastado da empresa em Maio de 2010.

Mas foi confrontado com o juiz com contradições durante a fase de inquérito deste caso, quando admitiu que «este facto [o] terá ajudado a ajudar» o sucateiro de Esmoriz.

Durante o interrogatório, António Paulo Costa negou qualquer relação entre o Mercedes raro e os inúmeros contactos feitos para arranjar contratos ao empresário.

«O senhor faz uma relação estreita entre o uso do carro e o ter posto à disposição do sr. Godinho o seu saber e os seus contactos?», quis saber o juiz-presidente, Raul Cordeiro.

Almeida Costa foi taxativo:

"Por mais estranho que pareça, eu admito que criei essa visão para fora, mas eu não misturei o carro com o resto».

E contou que, quando Godinho lhe emprestou o Mercedes CL 65 – um carro raro em Portugal, avaliado em mais de 280 mil euros -, em Junho de 2009, até chamou os colegas da Galp para lhes mostrar o automóvel.

«Não relacionei os meus contactos com o carro», defendeu.

«Até chamei os meus colegas da Galp para virem ver o Mercedes».

Em causa estão os inúmeros contactos telefónicos feitos por António Paulo Almeida Costa para conseguir contratos para Godinho, que se queixava de ter os seus homens sem fazer nada.

Entre eles, informação sobre o desmantelamento e descontaminação do Parque de Sacavém, que era propriedade da Galp.

Sobre este assunto, o arguido admitiu ter marcado uma reunião do empresário das sucatas com o administrador da Soturis, empresa do grupo Galp responsável pelo processo de venda daquele imóvel, mas rejeitou que com esse comportamento tenha violado o código de ética da empresa ou feito tráfico de influências, crime de que é acusado.

Diz que conheceu Godinho em Maio, no hotel Altis, em Lisboa, num almoço marcado por Paiva Nunes, presidente da EDP Imobiliário, mas disse desconhecer que o sucateiro era o administrador da O2.

O juiz confrontou o engenheiro – entretanto afastado da Galp - com as contradições entre o que hoje disse em tribunal e aquilo que consta do interrogatório judicial efectuado a 20 e 25 de Novembro de 2009.

Nomeadamente, sobre o almoço entre Paiva Nunes, Godinho e ele, que teria sido marcado por Paiva Nunes a pedido de Armando Vara.

«Se disse isso é porque foi assim.

Mas nunca conheci o Dr. Armando Vara.

Vio-o pela primeira vez neste tribunal», fez questão de garantir.


SOL
 
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