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Patrões preferem mais horas de trabalho a reduzir salários

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Patrões preferem mais horas de trabalho a reduzir salários


O presidente Confederação da Indústria Portuguesa, António Saraiva, afirmou hoje que a redução de salários no sector privado não é a melhor solução para aumentar a produtividade, defendendo antes o aumento do tempo de trabalho.

O necessário crescimento da competitividade «pode-se obter por aumento do tempo de trabalho e não forçosamente pela redução de salários», disse à Lusa António Saraiva.

«É nessa perspectiva que nós [CIP] entendemos a mensagem da ‘troika’ e é esse o nosso objectivo em sede de concertação social, onde estamos a discutir com o Governo o aumento de meia hora de trabalho e a sua modelação ao longo do ano numa bolsa de horas», explicou.

A 'troika' admitiu na quarta-feira que os salários dos trabalhadores das empresas privadas também acabarão por ser reduzidos por efeito do que está a acontecer no sector público.

«A contaminação do sector privado pelo público claro que é óbvia», afirmou o representante da Comissão Europeia, Jürgen Kröger, quando questionado sobre uma eventual redução dos salários do sector privado após os cortes dos subsídios de férias e Natal que serão impostos ao sector público, caso seja aprovada a proposta do Orçamento do Estado para 2012.

«Se o sector público reduz o custo da mão-de-obra, o sector privado vai reagir.

Torna-se menos atraente trabalhar no sector público e mais gente vai querer ir para o sector privado», pressionando os salários, acrescentou Kroger.

A redução do custo unitário do trabalho – seja por diminuição dos salários, seja por aumento das horas de trabalho – não é, para o presidente da CIP, a única forma de melhorar a produtividade e competitividade em Portugal.

«A competitividade é um conjunto de factores em que obviamente o custo do trabalho é um deles, mas depois há uma envolvência externa que é necessário ser alterada, nomeadamente o funcionamento da Justiça, a previsibilidade fiscal e todo um conjunto de matérias que estamos a discutir com o Governo», concluiu.


Lusa/SOL
 
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