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Homem imolou-se na Praça de Tiananmen

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Homem imolou-se na Praça de Tiananmen


Um chinês imolou-se na Praça mais famosa de Pequim. Desde 1989, quando o governo do Partido Comunista ordenou que o exército carregasse sobre os manifestantes, que na Praça de Tiananmen não se via um acto de protesto.

Alan Brown, um britânico reformado, encontrava-se de férias na China com a esposa quando, numa visita à icónica praça da capital chinesa, testemunhou mesmo à sua frente, «um homem que, sem ser melodramático, e olhando directamente para» ele «pegou fogo a si próprio».

Um polícia presente no local, e a quem o homem se tinha dirigido antes de se imolar, agarrou um extintor e apagou o incêndio.

O britânico conta que ficou atónito com a rapidez com que as forças de segurança reagiram ao incidente e sublinha:

«Vi imensas pessoas a tirar fotografias e pensei que se tornaria conhecido». Confessa que ficou surpreendido quando não ouviu mais falar do assunto.

Acrescenta ainda que: «A limpeza da rua foi muito rápida. Quem por ali passasse cinco ou dez minutos depois não poderia imaginar o que tinha acontecido».

Apesar do incidente - que teve lugar a 21 de Outubro - ter sido testemunhado por várias pessoas, foi completamente censurado pelos media chineses, tendo chegado ao conhecimento geral através das fotografias entregues por Brown ao Daily Telegraph.

Seria depois de as imagens serem tornadas públicas que o Departamento Público de Segurança de Pequim – responsável por monitorizar e manter a ordem social na China – confirmaria o incidente.

Num comunicado emitido ontem foi revelada a identidade do homem – chama-se Wang tem 42 anos e é natural da cidade de Huanggang, na província de Hubei – e avançado que se tratou «de uma acção extrema levada a cabo porque [o mesmo] estava insatisfeito com o resultado de um processo num tribunal local».

Apesar de não ser comum na China, há relatos de episódios de auto-imolação uma a duas vezes por ano.

De acordo com o The Telegraph, normalmente são levados a cabo por vítimas de sentenças injustas, por pessoas envolvidas em disputas de propriedades, bem como forma de protesto contra exemplo extremos de corrupção.

São mais comuns no Tibete, onde, desde Março, 11 monges e freiras tibetanos se imolaram para protestar contra o domínio chinês.


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