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Papagaios voltam à natureza

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Papagaios voltam à natureza no Parque Nacional das Araucárias
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O papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea) é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Originalmente a espécie, que chega a medir até 30 centímetros de comprimento, habitava da Bahia ao Rio Grande do Sul, além o Sudeste do Paraguai e o Nordeste da Argentina. E apesar de ser típica da região onde está o Parque Nacional das Araucárias, Unidade de Conservação federal localizada em Santa Catarina, essa ave não havia sido mais localizada pelos pesquisadores no interior do Parna.

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Mas um projeto inovador, que teve início em agosto de 2010, começa a colher seus primeiros resultados naquela região. O objetivo dos pesquisadores do parque foi reintroduzir 15 papagaios-de-peito-roxo na natureza. Os animais, oriundos de apreensões, permaneceram em cativeiro até janeiro deste ano, no CETAS de Florianópolis. Durante os quatro meses anteriores à soltura, os papagaios foram treinados diariamente para voar, desenvolvendo a musculatura das asas e a habilidade de vôo. Não foi só isso.

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Quando eles se aproximavam de algum humano lhes era apresentado um estímulo aversivo não-invasivo para que não associassem a presença de um humano a um evento prazeroso ou nulo. Geralmente o estímulo era um ruído forte. Agora, pode-se dizer, a espécie está de volta a um de seus berços, livre de amarras.

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Até a alimentação foi apresentada da forma o mais natural possível, estimulando o comportamento de manipulação. Os alimentos foram disponibilizados em plataformas, construídas no alto do recinto, em troncos ocos e/ou pendurados no viveiro, para que os papagaios fossem estimulados a buscar o alimento e deixassem de permanecer tanto tempo em solo. Para saber se a estratégia estava dando certo, pesquisadores pesavam os animais a cada 15 dias e adaptavam a dieta de acordo com a média de peso do grupo.

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Dos 22 indivíduos, seis papagaios foram reprovados no teste de capacidade de vôo e conseqüentemente não foram soltos, totalizando 16 animais que atingiram os requerimentos propostos. Destes, 8 animais foram equipados com rádio-colar falso trinta dias antes da soltura para se habituarem ao peso do equipamento, que não ultrapassava 5% da massa corporal; e outros quatro desses animais receberam o rádio-colar verdadeiro três dias antes de serem levados ao local de soltura.



Após exames laboratoriais prévios à soltura, um papagaio apresentou hemoparasitas, o que fez com que os veterinários do projeto optassem por não soltá-lo. E durante o período de cativeiro dois animais vieram à óbito, um devido à bactéria Escherichia coli gama hemolítico, e outro devido à infestação parasitária por parasita não identificado.



Quinze animais receberam anilhas metálicas cedidas pelo Centro Nacional de Pesquisas para Conservação das Aves Silvestres (CEMAVE), vinculado ao ICMBio, instrumento que facilita o monitoramento da espécie após solta na natureza.



O transporte até o local de soltura foi realizado pela Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina em um caminhão climatizado e acompanhado por um dos veterinários responsáveis pelo projeto. Os animais foram colocados em um viveiro provisório, no local de soltura, medindo 4m X 2m X 2m, onde permaneceram por quatro dias até a abertura do mesmo. Pesquisadores vêm monitorando os animais soltos desde então.



As pesquisadoras do Instituto Carijós Pró-Conservação da Natureza, Joice Reche Pedroso e Vanessa Tavares Kanaan, estão preparando um novo lote de espécimes para soltar na unidade. Com os dados do monitoramento do primeiro grupo, aumentarão as chances de sucesso de reintrodução da espécie. O apoio é dado pelo chefe do Parque Nacional das Araucárias e pelos colegas da Estação Ecológica da Mata Preta e do Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas.


Fonte ;
notícia: Papagaios voltam à natureza - EPTV.com - - Terra da Gente
 
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