Matapitosboss
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Em «Audio, Video, Disco», a teoria está certa mas a prática não é perfeita apesar da eficácia na construção de canções para pistas com a dimensão de um estádio.
Em 2007, fizeram justiça nas pistas da dança, extremando o legado francês dos Daft Punk. «†» sintetizou os choques electro que o mal amado «Human After All» havia provocado e lançou o sedimento para o que viria a ser muita da produção subsequente.
A relativa salvaguarda da sua imagem permitiu aos Justice chegar a 2011 com uma imagem de intocabilidade e grandiosidade, seguindo pela mesma cartilha de mistério que os Daft Punk tinham conquistado com recurso a capacetes e outros artifícios.
O problema da tecnologia é estar disponível para todos e, no espaço de quatro anos, a dependência cresceu exponencialmente. Os Justice souberam antecipar a introdução de novas aplicações se queriam manter-se na frente do pelotão.
Porém, esse desígnio só em parte é cumprido. «Audio, Video, Disco» não compromete a relação com as pistas nem a ambição de fazer música para estádios mas o passe de mágica na tentativa de transmitir coolness ao rock progressivo é um truque semi-falhado.
Canções como «Civilization» e especialmente «Audio, Video, Disco» são tiros certeiros em corpos movidos pelo excesso mas é certo que a comunidade hipster, até aqui tão protectora para com Gaspard Augé e Xavier De Rosnay, os deixou.
É que ao arriscarem um novo posicionamento, ainda maximal mas mais orgânico - ao nível de uma banda convencional - nem criam um novo precedente, nem preservam o que tinham feito bem. Nada que interfira com a ansiedade para os ver carregar a cruz em palco.
Justice
«Audio, Video, Disco»
Ed Banger/Warner
Fonte: Diário Digital
Em 2007, fizeram justiça nas pistas da dança, extremando o legado francês dos Daft Punk. «†» sintetizou os choques electro que o mal amado «Human After All» havia provocado e lançou o sedimento para o que viria a ser muita da produção subsequente.
A relativa salvaguarda da sua imagem permitiu aos Justice chegar a 2011 com uma imagem de intocabilidade e grandiosidade, seguindo pela mesma cartilha de mistério que os Daft Punk tinham conquistado com recurso a capacetes e outros artifícios.
O problema da tecnologia é estar disponível para todos e, no espaço de quatro anos, a dependência cresceu exponencialmente. Os Justice souberam antecipar a introdução de novas aplicações se queriam manter-se na frente do pelotão.
Porém, esse desígnio só em parte é cumprido. «Audio, Video, Disco» não compromete a relação com as pistas nem a ambição de fazer música para estádios mas o passe de mágica na tentativa de transmitir coolness ao rock progressivo é um truque semi-falhado.
Canções como «Civilization» e especialmente «Audio, Video, Disco» são tiros certeiros em corpos movidos pelo excesso mas é certo que a comunidade hipster, até aqui tão protectora para com Gaspard Augé e Xavier De Rosnay, os deixou.
É que ao arriscarem um novo posicionamento, ainda maximal mas mais orgânico - ao nível de uma banda convencional - nem criam um novo precedente, nem preservam o que tinham feito bem. Nada que interfira com a ansiedade para os ver carregar a cruz em palco.
Justice
«Audio, Video, Disco»
Ed Banger/Warner
Fonte: Diário Digital