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Governo de Zapatero propõe exumação dos restos mortais de Franco
Uma comissão de peritos, constituída com ordem do governo socialista espanhol ainda em funções, recomendou hoje a exumação dos restos mortais do ditador espanhol Francisco Franco.
Mas sublinhou que a exumação será feita apenas se a Igreja o autorizar e se houver um acordo no parlamento a esse respeito, avança o El País.
As ossadas do antigo ditador espanhol encontram-se num jazigo em Vale dos Caídos, perto de Madrid, um local de culto mandado erigir pelo próprio Franco, que reúne os restos mortais de milhares de vítimas da guerra civil espanhola.
A comissão iniciou trabalhos há cinco meses e tem estado a elaborar um relatório, entregue esta terça-feira, que propõe dar uma nova utilização ao local em Vale dos Caídos, transformando-o num local de memória e homenagem a todas as vítimas do regime franquista.
A ideia é solucionar de vez a complexa controvérsia que divide as formas de olhar para o monumento.
Por um lado, Vale dos Caídos é visto como um monumento de exaltação das obras de Franco, e por outro, é visto como um local de exaltação fascista, já que a sua construção foi feita quase na totalidade através da exploração de mão-de-obra republicana.
A maioria dos peritos considera que não é possível dar um novo significado a Vale dos Caídos sem trasladar os restos mortais do ditador, e como tal a comissão propõe sejam transferidos para onde a família considerar mais apropriado.
No entanto, três dos 12 membros da comissão de avaliação são contra esta deslocação, por considerarem que «a exumação dos restos de um chefe de estado, por incompatibilidade com o seu regime político, seria inapropriado no contexto europeu e ocidental, onde nada de semelhante alguma vez aconteceu».
Apesar de a filha do ditador ter manifestado aos presidentes da comissão o seu desejo de que os restos mortais do pai permaneçam naquele local, a comissão considerou que apenas a Igreja deve decidir a esse respeito.
Ramon Jauregui, ministro da presidência, já apelou ao novo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, para «não meter o relatório numa gaveta».
SOL
Uma comissão de peritos, constituída com ordem do governo socialista espanhol ainda em funções, recomendou hoje a exumação dos restos mortais do ditador espanhol Francisco Franco.
Mas sublinhou que a exumação será feita apenas se a Igreja o autorizar e se houver um acordo no parlamento a esse respeito, avança o El País.
As ossadas do antigo ditador espanhol encontram-se num jazigo em Vale dos Caídos, perto de Madrid, um local de culto mandado erigir pelo próprio Franco, que reúne os restos mortais de milhares de vítimas da guerra civil espanhola.
A comissão iniciou trabalhos há cinco meses e tem estado a elaborar um relatório, entregue esta terça-feira, que propõe dar uma nova utilização ao local em Vale dos Caídos, transformando-o num local de memória e homenagem a todas as vítimas do regime franquista.
A ideia é solucionar de vez a complexa controvérsia que divide as formas de olhar para o monumento.
Por um lado, Vale dos Caídos é visto como um monumento de exaltação das obras de Franco, e por outro, é visto como um local de exaltação fascista, já que a sua construção foi feita quase na totalidade através da exploração de mão-de-obra republicana.
A maioria dos peritos considera que não é possível dar um novo significado a Vale dos Caídos sem trasladar os restos mortais do ditador, e como tal a comissão propõe sejam transferidos para onde a família considerar mais apropriado.
No entanto, três dos 12 membros da comissão de avaliação são contra esta deslocação, por considerarem que «a exumação dos restos de um chefe de estado, por incompatibilidade com o seu regime político, seria inapropriado no contexto europeu e ocidental, onde nada de semelhante alguma vez aconteceu».
Apesar de a filha do ditador ter manifestado aos presidentes da comissão o seu desejo de que os restos mortais do pai permaneçam naquele local, a comissão considerou que apenas a Igreja deve decidir a esse respeito.
Ramon Jauregui, ministro da presidência, já apelou ao novo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, para «não meter o relatório numa gaveta».
SOL